A Deutsche Telekom, a Orange, a Telefónica, a Vodafone e a Matsuko juntaram-se para testar comunicações holográficas sobre 5G. O objetivo da experiência é validar um modelo que torne tão fácil criar uma sessão holográfica a partir do telemóvel, como fazer uma chamada.
Em conjunto, as empresas estão também a trabalhar numa plataforma que quer fazer convergir mundo real e virtual numa ligação móvel, recorrendo à câmara do smartphone para gerar vídeo em 2D, que é depois renderizado para criar hologramas 3D na cloud. Estes hologramas, imagens virtuais dos utilizadores, vão depois poder ser exibidos em ambientes virtuais (ecrãs), ou em contexto real, onde a interação é apoiada por óculos de realidade aumentada ou virtual.
Como explicam as companhias, o processo de criação das imagens a três dimensões tira partido das características de largura de banda e baixa latência do 5G. Antes, as limitações das redes não permitiam ter hologramas com movimentos naturais e realistas, algo que este teste terá mostrado ser possível com o 5G.
Os hologramas são criados a partir de imagens captadas com a câmara frontal do telemóvel, para captar os detalhes do utilizador em tempo real. Essa informação é depois tratada por um motor de renderização 3D avançado, que prepara a imagem para ser usada num ambiente virtual, ou para um contexto de realidade aumentada ou virtual.
Por enquanto, só há uma prova de conceito bem-sucedida. Tira partido da plataforma da Matsuko e dos desenvolvimentos de rede das operadoras, que nesta experiência também trabalharam as questões de interoperabilidade entre as suas redes, para permitir que um serviço deste tipo possa ser usado de forma abrangente, mas as expectativas são elevadas.
"Estamos confiantes de que, num futuro próximo, seremos capazes de oferecer aos nossos clientes uma nova forma de comunicar utilizando esta nova tecnologia holográfica, para proporcionar uma experiência mais imersiva”, sublinhou Daniel Hernández, vice-presidente da Telefónica para a área de consumo e dispositivos, citado numa nota de imprensa.
Como destaca também Alex Froment-Curtil, "o metaverso traz uma nova dimensão ao futuro da conectividade”. O diretor comercial da Vodafone acrescenta ainda que “esta prova de conceito transporta radicalmente as comunicações holográficas da ficção científica para os smartphones da vida real".
As comunicações holográficas são uma área onde, pelo menos a Vodafone, tem vindo a trabalhar já há vários anos. Em 2019, no festival de Paredes de Coura, a operadora demonstrou mesmo a tecnologia no palco do evento, com a colaboração do pivot da TVI José Alberto Carvalho, que foi holotransportado para o evento. A experiência já tirava partido do 5G, para ultrapassar as limitações que até então não permitiam este tipo de processo com qualidade.
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