A premissa da parceria entre a SpaceX e a T-Mobile é simples: os utilizadores que subscreverem o serviço de comunicações via satélite, não vão necessitar de um equipamento específico ou acessórios para realizar as chamadas. O projeto nasceu em 2022 com o objetivo de levar cobertura de rede 5G às chamadas “zonas mortas” das áreas rurais, a preços acessíveis.
Em janeiro foi realizado um primeiro teste, sendo enviado um SMS via satélite, concluído com sucesso. No mais recente teste foi realizada uma chamada de vídeo, a primeira a utilizar a tecnologia dos satélites Starlink no serviço Direct to Cell. No vídeo partilhado foi mostrado uma videochamada realizada através do satélite num smartphone normal. “Estamos ansiosos para estar online com a T-Mobile no final do ano”, referiu a SpaceX na sua conta na rede social X.
A operadora norte-americana salienta que a maioria dos smartphones disponíveis atualmente na sua rede de comunicações vão ser compatíveis. Esta poderá ser uma vantagem para a parceria, uma vez que os atuais serviços de smartphones que suportam chamadas via satélite são versões topo de gama das principais fabricantes, como o iPhone da Apple e modelos da Huawei, Oppo ou Bullitt. Ou então, o uso de acessórios que compatibilizam os equipamentos normais para o serviço, como o Motorola Defy Horizon.
A parceria entre a T-Mobile e a SpaceX promete abrir uma nova corrida ao fornecimento de serviços de comunicações às zonas rurais nos Estados Unidos, na cobertura das “zonas mortas”. Outras parcerias estão igualmente a concorrer, como a AT&T com a AST SpaceMobile, assim como a Verizon que se juntou ao Projeto Kuiper da Amazon. E espera-se que a Qualcomm e a Iridium ofereçam também soluções.
Ainda em relação aos satélites de comunicações da SpaceX, a empresa lançou esta quarta-feira o primeiro conjunto de satélites espiões para a criação da rede de inteligência dos Estados Unidos. O projeto rendeu aos cofres da SpaceX 1,8 mil milhões de dólares. Os satélites têm a capacidade de rapidamente encontrar alvos terrestres em praticamente qualquer lugar do mundo.
O foguetão Falcon 9 da SpaceX, descolou da Base Espacial de Vandenberg, na Califórnia, transportando para o espaço a primeira vaga de satélites. Espera-se meia dúzia de lançamentos com mais satélites desta rede durante 2024, e outros até 2028, referiu o departamento de reconhecimento (NRO na sigla singlesa) dos Estados Unidos, sem mencionar quantos satélites compõem a rede, citado pela Reuters.
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