Mais de 575 milhões de visualizações acumuladas de anúncios e acima de 4.500 campanhas são números que a Playce pensa conseguir alcançar no final deste ano. Os valores foram avançados esta quarta-feira, num evento onde foi feito um balanço da plataforma de publicidade endereçada que junta MEO, NOS e Vodafone e partilhadas algumas ideias “desenhadas para o futuro” com a ajuda de Peter Field.
Lançada comercialmente em 2020, no pico da pandemia, a Playce teve um processo de construção progressivo e hoje é uma plataforma “com um inventário global que oferece todos os conteúdos que estão disponíveis nas diferentes plataformas de pay tv, juntando também já 3,5 milhões de lares, equivalente a 8,5 milhões de pessoas que são impactadas por esta publicidade”, referiu João Epifânio, porta-voz do projeto, em declarações ao SAPO TEK.
“É uma publicidade diferente porque é em ‘big screen’ e exercida no momento em que as pessoas optam por ver um determinado conteúdo, no pleno controlo da emissão daquele conteúdo, logo o nível de disponibilidade para as pessoas serem impactadas é muito superior”, sublinhou.
João Epifânio destacou ainda o facto de previamente toda a base de clientes estar já devidamente segmentada, "significando que vou estar a exibir um anúncio que sei que à partida tem uma correlação de relevância elevada com aquela pessoa".
De acordo com os dados partilhados, as pessoas que veem um anúncio no Playce mostram um grau de mais 44% na eficácia da recordação e de mais 50% na intenção de comprar.
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Atualmente, o formato usado é o “pre roll”, um anúncio que passa antes da visualização dos conteúdos gravados, mas ainda este ano será introduzido o formato “mid roll”, ou seja spots a meio da reprodução.
Os promotores da Playce não escondem, desde o início, que o grande objetivo é evoluir para um modelo de “adressable TV” em emissão linear. “Esse é o futuro, que já começa a acontecer um pouco por todo o mundo”, notou João Epifânio. É um tema com alguns desafios culturais, tecnológicos "também, porque tem componentes de integração sofisticadas", e formais, “de regulação porque queremos evoluir em segurança”, mas não são barreiras, considera.
“É uma questão de evolução da plataforma e de adesão dos broadcasters à solução. Uma vez que já reunimos tudo na Playce, temos condições para fazer esta evolução do mercado”.
Nos planos da Playce, a publicidade endereçada poderá chegar à televisão de emissão linear a médio prazo, “entre um a dois anos”.
“Continuamos a ter desafios enormes pela frente, mas temos a certeza que estamos a ajudar a construir o futuro da televisão”, rematou.
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