A chegada da Digi ao mercado português continua a levantar dúvidas sobre quais os melhores preços em relação à qualidade dos serviços de comunicações. A Deco Proteste analisou o impacto das ofertas da operadora romena no país, embora esta ainda tenha uma cobertura de fibra ótica limitada. A defesa do consumidor olhou para os pacotes de televisão, internet fixa e móvel mais em conta durante o mês de dezembro.
É referido que a oferta da Digi apresenta preços significativamente mais baixos do que os restantes três operadoras principais, como a MEO, NOS e Vodafone. No entanto, as empresas reagiram à chegada do novo player, não necessariamente baixando o preço das suas propostas, mas aumentando algumas das ofertas dos pacotes. Mas foram as respetivas marcas low-cost que viram os seus preços baixar, neste caso, a Uzo, Woo e Amigo, “mas a cobertura de rede fixa ainda é limitada e não chega a todos”, aponta a Deco Proteste.
Na sua análise aos pacotes mais em conta, a referência-base tem uma velocidade de download de pelo menos 200 Mbps, inclusão de 50 canais de TV, uso de fibra ótica e a oferta de um ou dois cartões de dados móveis com 100 GB de tráfego.
Neste caso, os preços da Digi e da marca low-cost Amigo, pertencente à Vodafone. Ambas custam 27 euros por mês, com 1 GB de velocidade de internet de download e upload. A Digi tem 75 canais de TV e a Amigo tem 60, ambas com 100 GB de dados móveis e uma fidelização de 3 meses. Apenas nos SMS a Amigo é superior ao oferecer 5.000 e a Digi apenas 1.000 apenas para a sua rede, cobrando 2 cêntimos por mensagens para outras redes.
Em comparação, as três principais operadoras apresentam em dezembro tarifários a começar nos 55,90 euros, com a mesma velocidade de download de internet, mas muito inferior de upload. Mas oferecem bem mais canais de televisão, tendo a fidelização de 24 meses. A Deco Proteste fiz que nas últimas semanas, nenhum dos operadores alterou preços. No entanto, a NOS aumentou a velocidade de download do seu serviço de 500 Mbps para 1 Gbps, ficando assim alinhada com as ofertas das restantes operadoras.
De notar que as marcas mais baratas, além de terem menos canais de televisão nos seus pacotes, bem sempre a caixa descodificadora é fornecida. Nestas situações, os clientes necessitam de utilizar a app Android ou a Apple TV para aceder ao serviço de televisão.
Numa outra análise aos pacotes que oferecem dois cartões com 100 GB de tráfego, a Digi e as marcas low-cost continuam a ser mais baratos, mas segundo a Deco Proteste, apresentam desvantagens para os clientes. Estas oferecem menos canais de TV e uma cobertura de rede fixa de fibra ótica mais reduzida. Na MEO, NOS e Vodafone, os preços não mudaram em novembro e dezembro, mas os pacotes com dois cartões foram melhorados. A velocidade passou de 500 Mbps para 1 Gbps e duplicou-se o limite do tráfego de dados móveis de 100 para 200 GB.
Apesar das ofertas mais baratas, antes de pensar na mudança deverá primeiro garantir se a sua zona onde se desloca mais frequentemente está coberta pela operadora que estiver interessado. A Deco proteste tem a aplicação QualRede que ajuda a medir a prestação das redes em qualquer parte de Portugal. A especialista diz que a cobertura 5G da Digi está circunscrita às áreas urbanas, servindo cerca de 40% da população. Já para o 4G, a operadora afirma ter 93%. O relatório completo pode ser consultado na página da defesa do consumidor.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Fortnite toma de assalto Counter-Strike 2 e Valorant com o novo modo Ballistic -
App do dia
Nintendo Music traz 40 anos de bandas sonoras dos jogos para o smartphone -
Site do dia
Europa Clipper inspira nova banda desenhada sobre astrobiologia da NASA -
How to TEK
Mude o assistente do Waze para a vozes do Venom e Eddie Brock
Comentários