No final de março deste ano, o número total de acessos móveis habilitados a utilizar serviços móveis era de 18,6 milhões, sendo que 13,6 milhões (77,7% do total) foram efetivamente utilizados, ou 12,7 milhões, excluindo as contas usadas apenas para serviços de dados.
O número de assinantes de serviços móveis aumentou 75 mil, na comparação com o mesmo período do ano passado e considerando apenas os acessos efetivamente usados. Os dados, apurados pela Anacom, mostram que a evolução tem a ver com uma maior adesão aos planos pós-pagos e híbridos, que representam 69,9% do total. O número de planos pré-pagos caiu 10%.
Já o número efetivo de utilizadores do serviço móvel de acesso à Internet fixou-se em 10,7 milhões, mais 7,9% que no trimestre homólogo. “O incremento do número de utilizadores resulta de aumentos quer do número de utilizadores de Internet no telemóvel (8%), quer dos utilizadores do serviço de acesso à Internet (6%)”, explica-se. Os mesmos indicadores revelam que 20,8% dos clientes móveis apenas usaram estes serviços, enquanto 73,2% acederam a serviços de voz e Internet. Já 6% usaram apenas serviços móveis de dados, através de PC/pen/tablet/router.
O 5G suportou 19% das ligações móveis, mais 10 pontos percentuais do que há um ano. O 4G continua a ser a tecnologia mais usada pelos portugueses (59,1% dos acessos), seguindo-se o 2G+3G (21,9%), que são usados sobretudo para voz (74,8%). O 5G, por seu lado, é usado sobretudo para comunicações móveis de dados (98,7%), e o mesmo acontece com o 4G (83,2%).
Contas feitas, no final do primeiro trimestre, 19% dos subscritores de serviços móveis e 23,9% dos clientes de Internet móvel utilizaram a rede móvel 5G, num total de 2,6 milhões, dos quais 2,5 milhões com acesso através do telemóvel.
Os dados compilados pela Anacom mostram ainda que, entre janeiro e março, cada português falou ao telemóvel uma média de sete minutos por dia, ou 212 minutos por mês, menos 2,9% do que há um ano, o que perfez uma diminuição no tráfego de minutos de 2,6%. A duração de cada chamada também diminuiu (1,4%), para uma média de 2 minutos e 58 segundos por chamada.
O tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel cresceu neste período em 34,2%, porque o número de utilizadores aumentou, mas também pelo aumento da intensidade de utilização do serviço. Por mês, cada utilizador deste serviço gastou em média 11 GB, no telemóvel, no PC ou em acessos móveis, em casa ou no escritório, gerou um tráfego médio de 32,1 GB. O primeiro valor traduz um crescimento de 25,3% do tráfego médio, o segundo um crescimento de 7,1%.
O tráfego de voz em roaming cresceu 5,5% em chamadas para fora do país e reduziu-se em 4,2% nas chamadas para dentro do país. Nos dados móveis, roaming out e roaming in registaram crescimento no volume de tráfego: 36,6% e 27,2% respetivamente.
No final de março, 178 por cada 100 habitantes usavam serviços móveis, um valor que desce para perto dos 130, considerando apenas os acessos móveis com utilização efetiva e excluindo as ligações máquina-a-máquina e para 121,5 por 100 habitantes excluindo também os acessos afetos exclusivamente a serviços de dados e acesso à Internet (cartões associados a PC/tablet/pen/router). Já a taxa de penetração de acessos móveis associados a pacotes convergentes (que também incluem serviços fixos) fixou-se no mesmo período em 58,3 por 100 habitantes.
Entre janeiro e março foram portados 190,1 mil números, mais 20,2% do que nos primeiros três meses de 2023, aumentando para 3,5 milhões, a quantidade de números mantidos pelos clientes quando trocam de operador.
Por operadores, os dados estatísticos mostram que a MEO continua a liderar o mercado móvel, com 37,7% dos acessos móveis ativos com utilização efetiva. Seguem-se a NOS (30,1%) e a Vodafone (28,2%). NOWO e Lycamobile têm quotas de 2,0%. Nos três meses em análise, as quotas de mercado da NOS e da Lycamobile cresceram ligeiramente e as quotas da MEO e da Vodafone reduziram ligeiramente (todas menos de 1 ponto percentual). Na internet em banda larga móvel as posições dos operadores são idênticas, mas a rede da NOS foi a que suportou mais tráfego de Internet em banda larga móvel no período (35,9%).
Os números mostram ainda que a maioria dos acessos móveis ativos no final de março (80,2%) eram usados por clientes residenciais.
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