Desde o dia 25 de junho que a Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS), a rede nacional de investigação e ensino gerida pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, se encontra ligada à rede europeia GÉANT. Segundo refere a FCT, a ativação foi feita através de ligação direta entre o Porto e Bilbao, no âmbito do projeto GÉANT. A rede de investigação portuguesa vê assim aumentada a sua flexibilidade e redundância. O projeto permitiu que a rede nacional fosse a primeira a migrar para a nova geração desta infraestrutura de fibra de rede europeia.

A fundação refere que além do reforço de conetividade internacional, há uma maior proteção da rede em eventuais falhas. Além disso vai garantir benefícios significativos de performance e flexibilidade da rede, na articulação de rotas como Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid. Espera-se ainda uma redução de custos a longo-prazo.

O projeto, que visa alargar e atualizar a conetividade pan-europeia, teve um investimento de cerca de 63 milhões de euros, visando o apoio da transição das redes nacionais dos Estados-membros para a conetividade de fibra, reduzindo a divisão digital a nível europeia.

A nova ligação foi acompanhada ao nível da conetividade nacional, no Âmbito do projeto RCTS100, que foi cofinanciado pelo Compete, Lisboa2020 e Algarve2020. O objetivo é criar uma maior capacidade de entrega de serviços e ter uma rede escalável até 100 Gbps, diz a fundação. Nos últimos meses de 2020 foram ativadas novas rotas de ligação nacional, em Beja, Bragança, Vila Real e Viseu. Em 2021 foram ativados quatro novos anéis de fibra em Lisboa.

João Nuno Ferreira, Coordenador Geral da Unidade FCCN, disse que “o desenho da nova rede GÉANT, em que estivemos diretamente envolvidos desde a primeira hora, representa um marco histórico a diversos níveis: não só aumenta a resiliência da RCTS, nas suas ligações à Europa e ao resto do mundo, como estas ligações são feitas com recurso a meios mais flexíveis e com maior capacidade”.

É ainda salientado o aumento de recursos da rede GÉANT, instalados na Península Ibérica, com maior redundância nas ligações às restantes regiões europeias e maior equilíbrio nas conexões. A ligação vai favorecer os utilizadores das comunidades de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, para abraçarem novos desafios e aproveitar os ciclos de financiamentos que se iniciam agora, tanto ao nível nacional, como internacional.