Decorre em Lisboa, entre os dias 1 a 6 de agosto a Jornada Mundial da Juventude, que vai trazer o Papa Francisco a Portugal, naquele que é o maior encontro internacional de jovens católicos. São esperadas mais de 1,5 milhões de pessoas e a MEO, como parceiro fundador das telecomunicações está a ultimar os preparativos para assegurar que a conetividade nunca falhe durante a semana do evento.
A operadora está a preparar uma megaoperação a nível tecnológico e de redes e a sua equipa está a postos para manter a monitorização 24/7 através de duas War Rooms dedicadas, uma instalada no local do evento e outra em Linda-A-Velha, que o SAPO TEK teve oportunidade de visitar.
Quase uma dezena de monitores apresentam toda a informação crucial numa sala, com mesas montadas em “U”, com os técnicos em constante comunicação. No centro, um sistema de videoconferência vai permitir uma constante comunicação entre as duas salas de operações. Os monitores dão a informação dos vários sectores, o mapa da cidade, os horários dos eventos que se esperam mais críticos. Ao todo estão cerca de 300 colaboradores envolvidos na operação, sendo mais de 200 ligados às áreas técnicas, naquela que a empresa diz ser algo ímpar a nível nacional.
Veja na galeria imagens da War Room em Linda-A-Velha que a MEO montou para as JMJ
Há um monitor dedicado totalmente ao roaming, que lista a quantidade de pessoas dos diversos países e a sua aglomeração nos diferentes locais. E há também um ecrã dedicado ao plano das antenas localizados nos diversos locais, como o Parque Tejo, Fátima, Sede do JMJ no Beato, Convento do Grilo, Parque Eduardo VII, Pavilhão Carlos Lopes, Universidade Católica, Passeio Marítimo de Algés, o SIRESP, MAI e outros locais de grande densidade e suporte a serviços de emergência que a MEO vai ajudar a garantir permanentemente as comunicações.
A MEO diz que instalou várias dezenas de estações de rede móvel dedicadas temporárias ao evento. Isso significa ainda milhares de pontos de acesso de rede fixa e rede Wi-Fi para suportar as operações da organização da JMJ, os meios de comunicação, entidades oficiais, assim como as forças de segurança e socorro. Para esta operação, a operadora disse que instalou mais de 80 quilómetros de rede e fibra ótica.
O War Room de Linda-a-Velha é um centro de comunicações com mais de 30 anos. Vai funcionar como centro de operações do evento que vai garantir a quantidade muito elevada de pessoas concentradas em diferentes espaços. Os concertos, o Web Summit e até anteriores visitas dos Papas serviram de experiência para a Altice Portugal, refere José Pedro Nascimento, diretor de engenharia e operações de rede. Destaca que as dashborards têm toda a alarmística necessária e os técnicos vão estar atentos para agir, em comunicação com os operacionais no terreno para resolver qualquer questão. “O monitor do roaming permite ver em tempo real as pessoas estrangeiras que chegam. Hoje há poucas, mas nos dias do evento vão haver muitas mais”, destacando ainda a afluência a Fátima.
Em comparação ao Web Summit, que está centrado num local, as Jornadas, além de ter muitas mais pessoas, vão estar distribuídas por diversos locais. Foram reforçadas as capacidades de 4G/5G para garantir que nada falhe no evento. José Pedro Nascimento já tinha experiência numa anterior JMJ no Rio de Janeiro, destacando que atualmente é diferente, pois a rede tem de ser maior. Mas não sabe bem qual o perfil de comunicações dos visitantes, do seu comportamento, sobretudo nos dias em que acampam de noite.
A outra War Room vai estar disponível para a polícia e Administração Interna, sendo que a de Linda-A-Velha, estando deslocalizada, vai permitir suportar a que está presente no local. A empresa optou por este local, ao habitual War Room montado na sede em Picoas devido à sua zona ser de difícil acesso durante a afluência nos dias do evento.
José Pedro Nascimento explicou ao SAPO TEK que sobre o tráfego esperado, foram feitas simulações com base na presença de cerca de 1,5 milhões de peregrinos no Parque Tejo e no Parque Eduardo VII 800 mil pessoas. O perfil de tráfego é semelhante ao de Fátima, “em que as pessoas quando estão à espera da cerimónia vão acedendo à internet, mas neste caso sendo um perfil mais jovem, ainda não sabemos ao certo o seu comportamento, sendo totalmente diferente de um jogo de futebol ou um festival de música”.
Para assegurar a conetividade, refere ainda que instalou 25 estações-base no Parque Tejo, “o que é brutal”, o semelhante ao tráfego de uma cidade maior que Coimbra. “O que pusemos no Parque Tejo dá para atender mais que uma cidade de Coimbra”.
O SAPO TEK questionou também sobre as questões de emergência e como a MEO se preparou. “Estamos coordenados com os serviços de segurança, proteção civil, envolve também a Anacom e temos uma série de cartões de telefones que são considerados prioritários e que são programados nos nossos sistemas para terem prioridade sobre qualquer outra coisa, incluindo polícia, bombeiros, proteção civil, serviços de segurança”.
José Pedro Nascimento disse ainda que a operação está a ser organizada desde o início de 2022. E se agora estão 300 pessoas envolvidas durante o evento, considerando prestadores de serviços e instaladores, esse número dobrou, num orçamento que pôde ser partilhado. A partir do dia 6 a operação é desmobilizada nos espaços do Parque Tejo, que “serão alocados a zonas rurais para reforçar o sinal”. No Parque Eduardo VII vai permanecer mais um tempo, “mas em Fátima vão ficar em definitivo”. Fátima conta com duas estações, sendo uma delas no recinto e a outra circundante. Como existem vários eventos com peregrinos ao longo do ano, estas estações passam a permanentes.
Além da segurança da rede de conetividade, Artur Costa assegura que as questões de cibersegurança estão assegurados pela MEO, para evitar eventuais ataques às organizações do evento. “O registo que existe sobre estes eventos é que são bastante aliciantes para a disrupção dos serviços, quer à própria organização, quer identidades que dão suporte, como as forças de segurança. A Altice está a garantir os melhores mecanismos de cibersegurança”.
Artur Costa, diretor de operações e serviços ao cliente, destaca ainda a aplicação dedicada ao evento, convidando todos os interessados em participar. A app TV JMJ 2023, que está disponível através do botão azul vai oferecer conteúdos diversificados sobre o evento, desde o anúncio da escolha feito pelo Papa Francisco de que as JMJ teriam lugar em Portugal, aos momentos em direto da visita do Papa, eventos, espetáculos, que incluem o Festival da Juventude, a Cidade da Alegria, as Orações de Taizé, entre outros. Os momentos vão estar depois disponíveis para consulta. Será ainda possível aceder aos conteúdos na App Lisboa 2023 e o website JMJ Lisboa 2023.
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