A Huawei poderá encontrar a sua primeira grande quebra de vendas de smartphones em 2020, depois de uma década em crescimento. Segundo uma projeção interna para este ano, apresentada a um grupo de gestores da divisão de eletrónica de consumo da empresa, a fabricante poderá sofrer uma diminuição de 20% da distribuição de smartphones nas lojas. De notar que o relatório (que só agora foi mencionado publicamente, avançado por pessoas ligadas à emprea ao The information), foi traçado em janeiro, antes de se sentir os efeitos globais do coronavírus.
A empresa projeta vendas mais fracas no ocidente, sobretudo na Europa e outros mercados fora da China devido à proibição dos Estados Unidos na utilização da Google Mobile Services. As previsões para 2020 contrastam com o excelente ano de 2019 que a Huawei obteve, mesmo após as sanções aplicadas em maio. A fabricante colocou nas lojas 240 milhões de smartphones, tendo ultrapassado a Apple pela primeira vez, tornando-a a segunda maior marca de smartphones depois da Samsung.
As vendas de 2019 foram suportadas pelos modelos anteriores, como o P30, que ainda tem o suporte da Google. Já o Mate 30, lançado após a proibição, notou o peso da ausência do ecossistema de aplicações da Google. Nesse sentido, as previsões para 2020 apresentam uma queda para 190-200 milhões de smartphones entregues nas lojas, ou menos, mediante o verdadeiro impacto do coronavírus ao longo de ano.
Na China, quase cinco mil lojas da Huawei estão a operar de forma mínima e tem havido grandes perturbações, a nível geral, nas fábricas de componentes de hardware e eletrónica.
A Huawei tem vindo a promover a instalação de aplicações na sua AppGallery, de forma a torná-la competitiva ao nível da oferta da Google Play e App Store da Apple. A Google já veio a público salientar o risco de segurança relacionada com a instalação de aplicações fora do ecossistema da Google Play. De acordo com a Google, os modelos lançados a partir de maio de 2019 não passaram pelo seu processo de segurança e, por isso, não têm a certificação “Play Protect”. Em causa estava o contorno necessário para aceder a apps disponíveis na Google Services, fora da sua loja oficial.
A posição da Google terá merecido resposta da fabricante, através de Walter Ji, responsável pelo negócio de consumo da Huawei, que refere que os utilizadores instalam as aplicações nos smartphones de onde entenderem. A empresa acrescenta ainda que a AppGallery é a mais segura das três grandes lojas de aplicações. Ao mesmo tempo, continua a trabalhar o seu sistema operativo Harmony OS, para atenuar as diferenças com os seus rivais. A fabricante terá mesmo reduzido o valor que recebe em royalties das aplicações colocadas na AppGallery até 10%, como medida de inventivo.
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