A grande maioria dos acessos à internet através de serviços de banda larga fixa em Portugal (92,7%), ofereciam no final de março velocidades de ligação de 100 ou mais Mbps e contribuíam para que cada português consumisse, em média, 311 GB de internet por mês. Mais 8,2% do que entre outubro e dezembro de 2024 e mais 5,7% do que nos primeiros três meses do ano passado.

Juntando a estes dados da Anacom a informação europeia mais recente sobre o tema, Portugal continua a destacar-se a este nível, sendo o quarto país da União Europeia com maior proporção de acessos com velocidades de download iguais ou superiores a 100 Mbps.

A maior parte destes acessos, de 100 ou mais Mbps/s estão suportados em redes de fibra (74%) e logo a seguir em redes de cabo atualizadas para a tecnologia DOCSIS 3.x (25%), com a fibra a ser o grande motor de crescimento do mercado.

No final de março, a fibra representava 69,7% do total de acessos, mais 2,9 pontos percentuais do que no trimestre homólogo e 6,8% mais do que no trimestre anterior. O cabo continuava a perder terreno, segundo os dados mais recentes da Anacom. O número de acessos de banda larga fixa suportados na tecnologia caiu 5,2% no último ano, para uma quota de 23,4% do total de acessos.

O número de acessos fixos através de rede móvel também caiu 5%, passando a representar 4,8% do total. E o mesmo aconteceu com o número de acessos ADSL: caíram 30,2% no último ano, representando no final de março apenas 1,7% do mercado residencial.

Na mesma altura existiam em Portugal 88,9 acessos residenciais de banda larga fixa por cada 100 famílias, mais 0,2 pontos percentuais do que no mesmo período no ano anterior. Face aos três meses anteriores o aumento foi de 106 mil acessos para um total de 4,7 milhões.

A liderança do mercado de serviços de banda larga fixa continua a ser da MEO (41,1%), o Grupo NOS mantém a segunda posição (33,5%). Seguem-se a Vodafone (21,9%) e o Grupo DIGI / NOWO (2,9%). No período em análise, a MEO foi o operador que captou mais novos contratos. Manteve a quota de mercado, ao contrário da NOS e da Vodafone que reduziram ligeiramente o seu peso relativo neste mercado.

Considerando apenas os acessos residenciais, a MEO também lidera mas, tal como a NOS, viu a sua quota de mercado recuar ligeiramente entre janeiro e março. A MEO fechou assim o trimestre com uma quota de 39,3% no mercado residencial, a perder 0,3 pontos percentuais e a NOS com 35,6%, a recuar 0,1 pontos percentuais. A Vodafone controlava 21,2% dos acessos no mercado residencial e a DIGI / NOWO 3,3%.