Em 2019 os portugueses passaram menos 722 milhões de minutos ao telefone, em comparação com 2018. Os dados foram divulgados pela Anacom, que garante ser a maior redução registada desde 2015, 15%. Ainda assim, o serviço de telefone fixo na modalidade de acesso direto registou um aumento de utilizadores de 2,1%, num ano em que foi a MEO a operadora com a maior quota de clientes deste serviço.
De acordo com a Autoridade Nacional de Comunicação, os dados relativos ao tráfego telefónico fixo evidenciam que foram consumidos, em média por mês, 67 minutos por acesso, a maior parte deles sempre com ambos os utilizadores a usarem um telefone fixo (48 minutos). Estes valores contrastam com os oito minutos em chamadas fixo-móvel e quatro minutos em chamadas internacionais.
Apesar da diminuição do tráfego, o serviço telefónico fixo atingiu 5,1 milhões de acessos no final de 2019, mais 1,1% do que no ano anterior, o que corresponde a 55 mil novos acessos. De acordo com a Anacom, este aumento deve-se, sobretudo, aos acessos suportados em redes de fibra ótica e de TV por cabo, mais 327 mil acessos, que compensaram a diminuição dos acessos analógicos em 210 mil, à Rede Digital de Serviços Integrados (RDIS), menos 45 mil, e aos suportados em redes móveis, uma redução de 17 mil. No final de 2019, os acessos suportados em redes alternativas à rede tradicional (acessos analógicos e RDIS) representavam 76,4% dos acessos telefónicos principais.
A diminuição do tráfego não coincide, no entanto, com o número de clientes, que aumentou. O serviço de telefone fixo na modalidade de acesso direto atingiu cerca de 4,1 milhões de subscritores no final de 2019, mais 2,1% do que no período homólogo. "O crescimento observado está associado à crescente penetração das ofertas em pacote que integram o serviço de telefonia fixa", explica a Anacom.
MEO é a operadora com a maior quota de clientes. Mas foi a Vodafone quem mais cresceu
De acordo com os dados divulgados, no final de 2019 a MEO foi a operadora que mais se destacou, atingindo uma quota de 42,1% dos clientes de acesso direto. Segue-se o Grupo NOS, com 36%, e a Vodafone, com 18,1%. Ainda assim, de notar que, face ao final de 2018, as quotas de clientes de acesso direto da MEO e da NOS diminuíram 0,2 e 0,7 pontos percentuais, respetivamente. Apenas a quota da Vodafone aumentou, neste caso 1,1 pontos percentuais.
No que diz respeito ao tráfego, a MEO tinha uma quota de 40,4%, seguida do grupo NOS, com 33,8%, ambas a registarem uma subida de 0,2 pontos. A Vodafone tinha 16,7%, mais 1,5 pontos percentuais do que no período homólogo.
Os dados são divulgados depois de a Anacom ter revelado uma diminuição do número de reclamações na área das telecomunicações em 2019, mas que, ainda assim, continua a ser muito elevado. Ao todo, as queixas de serviços de comunicações (eletrónicas e postais) aumentaram 4% para as 100,6 mil reclamações, mas foram impulsionadas pelos serviços postais e não pelas telecomunicações propriamente ditas. Ainda assim, estas representam a grande maioria, mais de 70% de todas as queixas apresentadas à ANACOM.
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