Entre janeiro e junho deste ano os portugueses usaram menos o telemóvel para chamadas de voz, mas a utilização da internet móvel continua a aumentar, nomeadamente usando as redes 5G dos operadores.
No final do primeiro semestre de 2023, segundo a ANACOM, 13,7% dos utilizadores de serviços móveis e 18,3% dos utilizadores de Internet móvel utilizaram a rede móvel 5G. Em números absolutos, contaram-se 1,9 milhões de utilizadores de Internet móvel através de 5G, numa penetração de 17,8 por 100 habitantes. O tráfego em redes 5G, que continuam a ter acesso sem custos adicionais até final de setembro, terá representado 8,7% do total de tráfego de dados móveis, numa média de 4,7 GB mensais por utilizador.
Já no total, o número de pessoas que usou serviços móveis de acesso à Internet situou-se em 10,2 milhões, mais 7,1% que em igual período do ano anterior, valor que atira a penetração do serviço para 97,2 por 100 habitantes. Esta evolução reflete tanto o crescimento do número de utilizadores de Internet no telemóvel (6,5%), como do número de utilizadores do serviço de acesso à Internet através de PC/tablet/pen/router (14,4%), também por influência do programa Escola Digital.
Consequentemente, o tráfego total de acesso à internet móvel também aumentou: 48,2% face ao 1.º semestre de 2022, em termos gerais, e 37,9% por utilizador ativo, com cada utilizador a consumir uma média de 9,2 GB por mês, no telemóvel e 29,6 GB no PC, tablet ou router, 13,3% que no período homólogo. O tráfego móvel em roaming seguiu a mesma tendência de crescimento nos primeiros seis meses do ano em quase todas as vertentes. Destaca-se o tráfego de Internet, que cresceu 58%, sublinha a ANACOM.
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Na voz, os dados compilados pelo regulador revelam um tráfego médio por utilizador de 218 minutos, cerca de 7,3 minutos diários, menos 5,5% que em igual período do ano passado. A duração média das chamadas também diminuiu, em cerca de 10 segundos para perto de 3 minutos.
No conjunto dos vários serviços, o número de assinantes que utilizaram os serviços móveis nos primeiros seis meses do ano aumentou em 311 mil, uma evolução explicada pela maior adesão aos planos pós-pagos e híbridos (que cresceu 8,1% nos últimos 12 meses).
No final da primeira metade do ano, a penetração do serviço móvel alcançou os 179,4 acessos móveis por 100 habitantes. Excluindo os acessos móveis com utilização efetiva (sem incluir aí aqueles que estão afetos a Machine-to-Machine - M2M), a taxa de penetração em Portugal ajustou-se para 130,2 por 100 habitantes. Já a taxa de penetração móvel, sem considerar os serviços apenas de dados e acesso à Internet (associados a PC/tablet/pen/router) ficou nos 122,5 por 100 habitantes.
Os números da ANACOM apuram ainda a penetração de acessos móveis comercializados em conjunto com serviços fixos, para concluir que os pacotes convergentes chegam a 55,6 por 100 habitantes.
Por operadores, a Meo mantém a liderança deste mercado com 38,9% dos acessos móveis ativos com utilização efetiva no período, seguida da NOS (29,2%) e da Vodafone (28,4%). Na quarta e quinta posição surgem a NOWO e a Lycamobile, com quotas de 2,0% e 1,6%, respetivamente. No que se refere ao tráfego de Internet em banda larga móvel, a quota mais elevada é da NOS (35,9%), seguida da Vodafone e da MEO (35,2% e 28,1%, respetivamente).
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