A Zoom apresentou os seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre do ano, com um sabor um pouco agridoce. Por um lado, apresentou receitas de cerca de 1,02 mil milhões de dólares, sendo a primeira vez que ultrapassou a barreira dos mil milhões num trimestre; por outro lado, registou “apenas” um crescimento de 31,2%, quando comparado com a explosão do ano passado, quando a plataforma foi essencial para o teletrabalho e ensino digital.

A empresa tinha consciência que a procura ia decrescer até ao final do ano, mas segundo a sua CFO, Kelly Steckelberg, isso aconteceu mais cedo do que estavam à espera. As notícias não caíram bem entre os investidores e as ações da Zoom caíram 11%, segundo a Reuters.

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A plataforma de videoconferência desempenhou um papel crucial durante o confinamento, mas à medida que as populações foram sendo vacinadas, e se deu a retoma das atividades e o regresso dos trabalhadores às empresas, assim como a reabertura das escolas, as plataformas de videoconferência, como a Zoom, perderam o fôlego. Além disso, a concorrência também trouxe limitações à Zoom, como o Teams da Microsoft ou o Webex da Cisco.

Nas suas previsões, a Zom esperava uma descida nas receitas de clientes com 10 ou menos empregados, correspondentes a pequenas e médias empresas. Os resultados fizeram a empresa recuar nas previsões para o terceiro trimestre do ano, que inicialmente apontava um valor de 1,09 dólares por ação, para 1,07 a 1,08 dólares. Neste segundo trimestre, registou um lucro por ação de 1,04 dólares, acima das expetativas.

Para contrariar o declínio do crescimento da empresa, estima-se que a Zoom invista na sua expansão para outras áreas de negócio, incluindo o lançamento do Zoom Phone, um smartphone focado em chamadas através da cloud, direcionado para os negócios. Espera-se ainda que a sua própria plataforma seja melhorada e relançada com novas funcionalidades.

De recordar que em julho a Zoom realizou a sua primeira grande aquisição, a Five9, uma empresa de soluções cloud para centros de contacto, que estava no mercado há 20 anos. Um negócio estimado em 14,7 mil milhões de dólares. Também comprou a Kites GmbH, uma empresa dedicada à tradução de idiomas em tempo real.