O Departamento de Defesa norte-americano retirou formalmente a Xiaomi da “lista negra” de empresas, vedadas ao investimento americano. A medida é o culminar de uma decisão que já se esperava e põe fim a um processo iniciado com uma decisão do anterior presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

Num dos seus últimos atos oficiais, já em janeiro deste ano, Donald Trump reforçou a lista de empresas consideradas ativos do Partido Comunista Chinês e potenciais ameaças à segurança dos EUA, uma lista onde também estão companhias como a Huawei, entre várias outras, e onde entidades ou investidores americanos não podem investir.  

Xiaomi respira de alívio: Departamento de Defesa dos EUA vai remover empresa da "lista negra"
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A Xiaomi contestou a decisão e recorreu à justiça, que se pronunciou em março dando razão à fabricante chinesa e considerando que os argumentos usados para a incluir na “lista negra” eram “arbitrários e caprichosos”.

A integração da Xiaomi na “lista negra” ficou suspensa e foi sugerido às partes que chegassem a um acordo, anunciado no início deste mês, com o Departamento de Defesa a aceitar recuar na decisão. 

À data, uma declaração conjunta, submetida ao Tribunal Distrital para o distrito da Columbia, detalhava que as partes concordaram em chegar a uma decisão que resolva o litígio, considerando que a saída da “lista negra” seria a opção mais apropriada. Indicava-se também que os termos da ordem final deviam ser apresentados ao tribunal até ao dia 20 de maio.

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O tribunal federal de Columbia emitiu agora a ordem final de retirada da fabricante chinesa da “lista negra” norte-americana. A Xiaomi já comentou e adianta que está “agradecida pela confiança e apoio dos seus utilizadores, empregados e acionistas a nível global”.

Através de porta-voz e em declarações ao The Verge, a empresa reitera que é uma “empresa aberta, transparente, cotada, com uma gestão e uma operação independentes”.