Todos os anos, a WeDo Technologies reúne no início de maio, em Lisboa, mais de 250 especialistas e gestores e 60 operadores de telecomunicações de 50 países. Este ano, além de debater as tendências como IoT, Inteligência Artificial e Advanced Analytics, o uso da cloud e a transformação digital foram dois temas chave discutidos e apresentados na 13ª edição do WeDo Technologies Worldwide User Group 2018, a acontecer em Cascais.
Recorde-se que, embora a aposta na Cloud não seja nova a tecnológica portuguesa apresentou o RAID.Cloud na edição do ano passado, uma solução claramente orientada para um modelo de software as a service, mudando conceitos e permitindo à WeDo Technologies e aos clientes reagir de forma mais rápida às mudanças da tecnologia e do próprio mercado.
Apesar desta solução ter “uma virtude imensa e uma vantagem competitiva que é o instalar e o fazer é algo quase imediato”, o CEO da WeDo revelou ao SAPO TEK que a “evolução do projeto tem sido lenta”.
“Primeiro, para os nossos clientes que trabalham com fraude ter as coisas num sítio fora, conceptualmente, é mais um risco. Por isso, temos uma vertente que é a de “evangelizar”, disse Rui Paiva, acrescentando ainda que o grande volume de informação inerente ao tipo de negócio da empresa “é também, de alguma forma, uma barreira na mudança”.
Por isso, a solução passa por juntar os dois mundos, ou seja, o que está feito mantém-se como está, com cada cliente a ficar com as coisas instaladas em si mesmo e as informações novas a serem ser instaladas neste novo formato.
“Resumindo: tudo o que é novo é feito em Cloud e mais à frente os clientes decidem se o caminho é agarrar naquilo e embeber dentro dos sistemas locais ou, pelo contrário, as coisas novas vão ser sempre aí e as mais antigas, no dia em que quiserem evoluir, evoluem nesse sentido. Estamos, portanto, neste learning”, esclarece o empreendedor.
Com os mercados internacionais no topo das prioridades, a empresa é líder mundial em software de gestão de fraude e de garantia de receitas para operadores de telecomunicações, exportando soluções para 110 países, sendo que o peso da exportação representa cerca de 80% do negócio.
O software de gestão de fraude e de garantia de receita para operadores é a solução mais exportada pela tecnológica e Rui Paiva explica que “se chegarmos a um cliente e dissermos que estão a perder imenso dinheiro e que, mesmo não vendendo mais, basta corrigirem todos os erros que acontecem, a rentabilidade vai disparar”.
“Normalmente, instalando esses sistemas, a rentabilidade aumenta entre 0,5% até 8% e, como estamos a falar de empresas que faturam biliões, isso representa muito dinheiro”, esclarece o CEO da WeDo.
Considerada uma das líderes globais no fornecimento de software para revenue assurance e gestão de fraudes, a tecnológica criada em 2001 apresentou um crescimento de 14% em relação ao ano passado, tendo chegado aos 60 milhões de euros.
Para este ano, Rui Paiva atira que o objetivo é tentar chegar outra vez aos dois dígitos, mas existem alguns obstáculos pelo caminho, como é o caso da compra das unidades alemãs e do leste europeu da Liberty Global pelo grupo Vodafone.
"Temos sempre esta dificuldade dos nossos clientes “desaparecerem” por serem comprados, como é o caso da Vodafone e da Liberty Global. Ambas eram nossas clientes e passámos de dois para ter um cliente.Mas, algumas vezes perde-se, outras ganha-se”, assume o empresário.
A tecnológica foi nomeada pela empresa de consultoria e pesquisa em tecnologia da informação e comunicação, Stratecast, como uma das 10 principais empresas que merecem atenção no relatório de 2018.
Atualmente, a WeDo emprega cerca de 600 pessoas, de várias nacionalidades espalhadas pelos quatro cantos do mundo e conta com 220 clientes em 110 países.
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