Depois de vários anos de desenvolvimento, a Virgin Galactic cruzou finalmente a fronteira do espaço com “clientes pagantes” a bordo da nave VSS Unity.

O Galactic 01 descolou do Novo México, nos Estados Unidos, com três oficiais da Força Aérea italiana e um investigador.Durante a viagem, foi realizada uma experiência de microgravidade a bordo.

Passavam alguns minutos das 16h00 em Portugal Continental quando a emissão em direto começou, já com a VSS Unity à boleia do avião transportador VMS EVE.

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Além deste, a empresa para o turismo espacial de Richard Branson tem confirmado um segundo voo, previsto já para o início de agosto e que levará uma tripulação privada. Depois disso, a ideia é que as viagens sejam mensais, embora não tenham sido disponibilizados detalhes sobre as futuras missões.

O arranque oficial da oferta de turismo espacial da Virgin Galactic aconteceu cerca de um mês após o voo tripulado que serviu de teste final, tanto do avião transportador VMS EVE como da nave VSS Unity.

A viagem dura aproximadamente 90 minutos, mas apenas cerca de 10 são passados no espaço. A experiência oferece, no entanto, a possibilidade de os passageiros se soltarem e flutuarem em gravidade zero.

Veja o vídeo da experiência durante o voo de teste publicado pela Virgin Galactic 

Os últimos dados disponíveis davam conta de que cerca de 800 clientes já tinham adquirido bilhetes. De 2005 e 2014, a Virgin Galactic terá vendido cerca de 600 passagens espaciais, por valores entre 200.000 e 250.000 dólares. Mais 200 foram vendidos nos últimos anos, por 450.000 dólares cada.

O primeiro o voo espacial da empresa foi feito com o próprio Richard Branson a bordo, em julho de 2021.

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Depois disso a Virgin Galactic anunciou uma pausa para a melhorar o equipamento, que contudo durou muito mais tempo do que o inicialmente planeado.

O atraso no turismo espacial será um "mal menor" para o grupo Virgin, que recentemente teve de cancelar os seus planos para o espaço sideral, vendendo a Virgin Orbit. De início, esperava-se uma pausa temporária de uma semana para procurar financiamento, mas a Virgin Orbit acabou mesmo por suspender definitivamente a atividade espacial, por tempo indeterminado.

Em apenas um mês, a empresa de Richard Branson passou da excitação relacionada com a missão histórica Start Me Up, que seria a primeira a partir de solo britânico; para o total encerramento de operações por ter falhado essa mesma missão, devido a anomalia no LauncherOne, que impediu o foguetão de alcançar a órbita desejada.

As vendas em leilão dos ativos da Virgin Orbit acabaram por render 36 milhões de dólares, um valor muito distante daquele que a empresa valia em 2021.