O impacto ambiental do transporte marítimo tem estado na ordem do dia e os números podem impressionar.Um estudo recente avalia o impacto das atividades de algumas das maiores marcas mundiais neste domínio e coloca na lista das que mais contribuem para a poluição do transporte marítimo empresas como a Amazon, a Samsung ou a LG.
A lista avalia os contributos para este indicador das empresas que mais importam para os Estados Unidos, para dar aos consumidores norte-americanos a hipótese de fazerem compras mais informadas e mostra a poluição gerada com o transporte de bens para o país.
Os dados mostram que em 2019 o impacto ambiental do transporte marítimo dos produtos das 15 empresas mais poluentes foi superior ao de 1,5 milhões de famílias norte-americanas num ano, destacam os autores.
O relatório avalia a emissão de gases com efeito estufa e a poluição atmosférica. Em relação ao primeiro indicador sabe-se que o transporte marítimo é responsável por 3% e há também estudos que apontam para a morte de 60 mil pessoas anualmente, em consequência da poluição provocada pelos navios.
O estudo é da autoria de dois grupos ambientalistas Pacific Environment e Stand.earth. Madeline Rose, autora principal do trabalho, sublinha que “nunca houve uma verdadeira investigação sobre este atividade das empresas”, pedindo mais transparência sobre a prática das empresas nesta área.
A pesquisa partiu da lista dos maiores importadores para os Estados Unidos, em volume. A informação foi cruzada com os dados de diferentes bases de dados, para contabilizar o número de viagens realizadas, o consumo de combustível em cada uma e as respetivas emissões.
Os dados apurados têm ainda assim uma larga margem de erro. Primeiro porque não contabilizam as viagens de regresso dos navios depois de descarregarem, mas também porque não foi possível identificar todas as empresas que possam transportar bens para estas marcas, já que algumas operam através de franchisings com nomes diferentes da empresa-mãe.
Em declarações ao The Verge, Dan Rutherford do International Council on Clean Transportation, admite ainda que a informação apurada só representa 20% do mercado “devido à opacidade dos dados” sobre este tema.
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