O teletrabalho vai continuar obrigatório até 14 de janeiro, sendo recomendado a partir dessa data, no âmbito das medidas de combate à pandemia de covid-19, segundo decidiu hoje o Conselho de Ministros.

“No teletrabalho, a obrigatoriedade é prolongada até dia 14 [de janeiro] e a partir do dia 14 há uma recomendação da manutenção do teletrabalho”, precisou o primeiro-ministro no final do Conselho de Ministros, que decorreu hoje no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

Este Conselho de Ministros acontece um dia depois da reunião de peritos, onde os especialistas fizeram um ponto de situação da evolução da pandemia, tendo o Governo avaliado as medidas de contenção em vigor até ao dia 10 de janeiro e decidido o que fazer após essa data.

António Costa ressalvou, contudo, que as medidas adotadas "vão estar em vigor pelo tempo que for necessário estarem em vigor", desejando que "a evolução da pandemia não nos faça regredir neste avanço prudente e cauteloso que agora fazemos".

Recorde-se que num Conselho de Ministros extraordinário realizado em 21 de dezembro o Governo anunciou ter decidido antecipar para 25 de dezembro o período durante o qual o teletrabalho passou a obrigatório, determinando que este regime vigoraria a partir das 00:00 do dia 25 de dezembro até 09 de janeiro.

O teletrabalho tinha deixado de ser recomendado em 01 de outubro.

A partir de segunda-feira, o acesso a espetáculos culturais e eventos com lugares marcados fica dependente da apresentação de certificado digital. Os certificados digitais a que o primeiro-ministro se referia são de vacinação e de realização de teste com resultado negativo. Além disso, será exigido teste negativo obrigatório para acesso a grandes eventos, eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados, bem como a recintos desportivos (no caso destes últimos "salvo decisão da Direção-Geral da Saúde") a quem não tem dose de reforço há mais de 14 dias.

A covid-19 provocou 5.456.207 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse. Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.029 pessoas e foram contabilizados 1.499.976 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde de hoje.