Com uma estratégia bem delineada desde que é líder do conglomerado japonês, Kaz Hirai parece estar finalmente a conseguir dar solidez a uma empresa que nem sempre se tem apresentado na melhor forma em termos financeiros. Cinco anos depois de assumir a liderança, os números da Sony refletem um sucesso em duas frentes. O líder, no entanto, quer estendê-lo a uma ambiciosa terceira
Com um aumento nas vendas, as receitas operacionais da empresa subiram cerca de 15,2% face ao mesmo período de 2016. Os semicondutores (sensores de imagem, maioritariamente) e os serviços financeiros são duas das áreas com maior responsabilidade nestes números.
De acordo com a Bloomberg, metade dos telefones ativos no mundo já integram sensores de imagem Sony. A tendência é que a tecnológica venha a lucrar cada vez mais com este negócio, uma vez que a massificação das câmaras duplas e frontais aumenta a procura por estes componentes.
No gaming, que continua a ser onde a empresa vai buscar a maior fatia das suas receitas, os números sofreram uma quebra face ao primeiro trimestre do ano. Com os serviços e vendas do ecossistema PlayStation, o relatório da empresa indica que foram gerados 17,7 mil milhões de yen entre abril, maio e junho, menos 26,3 mil milhões do que o anunciado em março passado. A Sony justifica este contraste com a ausência de lançamentos de videojogos sonantes nos últimos meses.
Entre abril, maio e junho a empresa vendeu ainda 3,4 milhões de smartphones. O número não é substancial quando analisado à luz das ambições iniciais de Kaz Hirai, que pretendia assumir uma posição de liderança neste segmento, mas é positivo se tivermos em conta que foi feito um desinvestimento neste sector.
Em termos gerais, os lucros do conglomerado nipónico cresceram 2,8%, chegando aos 157,61 mil milhões de yen (1.212 milhões de euros) neste último trimestre.
Com o domínio consagrado nos campos do gaming e dos sensores de imagem digital, falta agora à Sony, de acordo com a estratégia do seu CEO, debruçar-se sobre o segmento ultra competitivo dos smartphones. Aí, no entanto, não se adivinha vida tão fácil.
As ações da empresa subiram 40% desde o início de 2017, chegando a um máximo de nove anos.
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