O relatório é hoje publicado pela Atomico, uma empresa de capital de risco, em parceria com a Slush e a Orrick, e dá uma visão da evolução da tecnologia na Europa, indicando que este é mais um ano recorde, com a tecnologia europeia a crescer cinco vezes mais rapidamente e a chegar aos 23 mil milhões de dólares de investimento face aos 5 mil milhões de 2013.
Recorrendo a estatísticas de várias fontes, como o LinkedIn, Meetup e Dealroom.co, combinadas com um inquérito a 5 mil pessoas de toda a Europa, o relatório aborda várias áreas, incluindo a diversidade e inclusão, assim como de investimento e disponibilidade de fundos de pensões.
A dinâmica identificada no sector das tecnologias reflete-se também em Portugal, onde o emprego em tecnologia está a crescer a 6,4%, face ao ano anterior, ficando apenas atrás da França, que subiu 7,3%.
Da mesma forma, o investimento também cresce de forma significativa. Em 2018 o valor de investimento foi de mais de 400 milhões de dólares, impulsionado pela ronda de financiamento da Outsystems, que recebeu 260 milhões de dólares tornando-se um dos mais recentes unicórnios europeus. No relatório refere-se também a Farfetch, mas a empresa não é diretamente ligada a Portugal.
“O investimento massivo na Outsystems sugere que o potencial de Portugal está a ser concretizado. Os portugueses estão a mobilizar talentos e a criar um ecossistema poderoso - sustentado pela taxa de crescimento mais rápida da Europa em termos de programadores profissionais”, afirma Tom Wehmeier, autor do relatório e sócio e director de pesquisa da Atomico.
Segundo os dados este ano, 17 empresas europeias atingiram valorizações de milhares de milhões de dólares, e três das dez entradas em bolsa apoiadas por capital de risco são provenientes da Europa, incluindo o sucesso de vendas Spotify.
O relatório avisa que os fundos de pensões europeus não estão a tirar partido deste crescimento do sector. Apesar de terem ativos na ordem dos 4 mil biliões de dólares investiram apenas 1,7 mil milhões de dólares em capital de risco europeu. Por outro lado os family offices e os indivíduos de elevado património líquido (HNWis) estão mais atentos e investiram mais de 5 mil milhões neste tipo de fundos, sendo apenas ultrapassados pelas agências governamentais.
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