A Lenovo apresentou o relatório de contas do seu terceiro trimestre fiscal de 2023, correspondente a outubro, novembro e dezembro. As receitas foram de 15,7 mil milhões de dólares durante este período, representando um aumento de 3% face ao homólogo do ano anterior. Os lucros líquidos foram de 357 milhões de dólares, representando um crescimento de 20%.
Por geografia, a China representa 24% das receitas, numa quebra de 10%. Este território foi recompensado com o crescimento de 7% no mercado Ásia-Pacífico (17% do total); mais 1% nas Américas (que é o maior mercado da empresa com 32%) e por fim, o maior crescimento foi registado em EMEA, num aumento de 20%, representando 27% do seu total.
Segundo Alberto Ruano, diretor geral da Lenovo Ibéria, o destaque vai para a aceleração de produtos que monetizam as oportunidades híbridas de inteligência artificial, o que resultou no terceiro trimestre seguido com registo de crescimento. A área não-PC resultou no aumento de receitas de 1,3% e contribui com 42% do total, conduzido pela aceleração da transformação.
Fazendo uma projeção das oportunidades de crescimento em todos os seus grupos de negócios, a Lenovo afirma que o mercado de PC vai ser estimulado no próximo ciclo de atualização. Isso deve-se à introdução dos PCs com capacidades de IA, e citando a analista Canalys, espera-se que este mercado cresça em 50% em 2026. Além dos computadores, áreas como as infraestruturas híbridas para IA, assim como serviços, soluções e aplicações nativas para IA vão ter um aumento de procura.
Numa análise aos seus diferentes grupos de negócio, o IDG (equipamentos inteligentes, que incluem o PC, tablets e smartphones), houve um crescimento de 6,7% durante o trimestre, face ao ano passado. A Lenovo registou lucros fortes, num crescimento da margem operacional de 7,4%. O PC cresceu 5,8% e apresenta uma quota de mercado de 23,8%, sendo a mais elevada desde a pandemia. Nos tablets, a distribuição aumentou 13%, com uma quota de 30% no mercado premium. Por fim, os smartphones aumentaram 32%, sendo já 25% do mercado premium (num aumento de 9% deste segmento). Na Europa, segundo dados da Canalys, a Motorola já está no Top 5 das fabricantes que mais vendem.
Relativo ao mercado ibérico, Alberto Ruano salienta o crescimento de faturação de quatro vezes, com a receita a crescer em 90% face ao trimestre anterior. E já tem uma quota de mercado de 4,4%, representando um crescimento de 3,8%. Em destaque estão os modelos premium Edge e o Razr que venderam quatro vezes mais.
Ainda relativo ao negócio IDG a empresa cresceu 7% no trimestre no mercado premium, como uma margem operacional de 7,4%. A fabricante diz que reforçou o seu posicionamento de liderança a nível global, mantendo o primeiro lugar em quatro das cinco principais regiões, incluindo EMEA. Já as receitas não-PC cresceram 4,2%, ajudado pelo crescimento de dois dígitos dos smartphones. No segmento comercial, a quota de PC também cresceu, sendo agora de 27%, o mais elevado em três anos.
A empresa está bastante otimista para 2024, tendo revelado mais de 40 produtos durante a CES 2024 e afirma que recebeu um total de 105 prémios do evento. Alberto Ruano sublinha que em 2020 foram vendidos muitos computadores e neste momento as garantias estão a acabar e muitos clientes optam por trocar de equipamento quando avariam. A empresa espera um aumento potencial de crescimento no próximo ciclo, sobretudo alavancado pelos modelos com IA.
Relativo ao negócio das infraestruturas (ISG) também houve um crescimento, com as áreas de infraestrutura de IA e armazenamento a colocar a empresa como a terceira do mundo. No caso do mercado de armazenamento houve um crescimento de 53%, no software mais 32% e os serviços IaaS aumentou 70% neste trimestre em relação ao ano passado. Na supercomputação (HPC), os resultados do trimestre colocaram a empresa no primeiro lugar no mercado EMEA. A empresa ganhou novos clientes na área da banca, combustíveis e automação. A receita geral do grupo ISG foi de 2,473 mil milhões de dólares.
Nos serviços (SSG), a Lenovo registou um aumento de 2 mil milhões de dólares no trimestre, um registo histórico de aumento de 11% face ao mesmo período do ano passado. Os lucros operacionais também bateram recorde, com uma margem operacional superior a 20%. A empresa destaca os serviços de apoio protegidos e o software como os principais impulsionadores de lucro desta área de negócio. Os serviços geridos, de projetos e soluções, representam agora 55% das receitas do SSG, um aumento de 1,5% face ao ano passado. Este foi o 11º trimestre de crescimento consecutivo.
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