No último ano, a valorização de algumas tecnológicas americanas, em grande medida graças às estratégias bem-sucedidas na área da inteligência artificial, disparou. A Nvidia é o maior fenómeno, mas não é menos surpreendente o impacto que a Microsoft tem conseguido aproveitar da jogada certeira e antecipada com a OpenAI.
Se depois da Covid-19 é claro que as bolsas voltaram a animar, é ainda mais claro que as tecnológicas puxam cada vez mais a “carroça” e a IA está a potenciar isso. A prova é que hoje só sete empresas em todo o mundo têm uma capitalização bolsista superior a 1 bilião de dólares, isto entre as empresas de capital aberto e contas auditáveis, claro. A petrolífera Saudi Aramco é uma delas, as outras seis são americanas e tecnológicas.
A Nvidia foi a última das tecnológicas americanas a juntar-se ao “clube do bilião” e rapidamente (desde o início do ano) escalou para os 3 bilões. Os ânimos acalmaram depois da operação que desmultiplicou o valor das ações, mas a escalada já foi retomada. A Microsoft conseguiu recentemente fintar a concorrência e passar a Apple para se tornar temporariamente na empresa mais valiosa do mundo entre as cotadas, com uma valorização de 3,34 biliões de dólares. Também já voltou à posição de “perseguidora” da líder mas a crescer em passo acelerado.
Face ao crescimento quase astronómico da valorização de algumas destas empresas nos últimos anos, a BestBrokers fez um exercício e usou a matemática para tentar descobrir qual será a primeira das tecnológicas a atingir o próximo patamar, que é como quem diz, uma capitalização bolsista de 4 biliões de dólares.
Os resultados da análise mostram que a Nvidia é a única verdadeiramente lançada para alcançar uma valorização de 4 biliões de dólares no próximo ano, mesmo depois dos efeitos do sell-off recente. A venda massiva de ações recente, que influenciou bolsas em todo o mundo, refletiu os receios dos investidores com uma possível nova recessão, depois da divulgação de alguns indicadores (subida das taxas de juro no Japão, entre outros). Aparentemente foi só um susto que não impedirá a fabricante de chips de voltar a abrir garrafas de champanhe em pouco mais de seis meses.
A Microsoft e a Apple devem passar a valer mais de 4 biliões só em 2026 e a Google não deverá alcançar o mesmo patamar antes da próxima década. Mais propriamente, deverá conseguir fazê-lo só no meio de 2031. Anos antes disso ainda lá chegarão a Meta e a Amazon, se as previsões baterem certo.
Recorde-se que a Apple tinha sido a primeira empresa cotada a atingir uma capitalização de 3 biliões de dólares, em janeiro de 2022, altura em que as ações da Nvidia valiam pouco mais de 300 dólares, por isso é justo dizer que a evolução deste mercado vai muito além da matemática.
A análise da BestBrokers também tenta antecipar quais podem ser as próximas empresas a chegar ao clube do bilião, tendo em conta o seu valor de mercado a 29 de julho e o histórico desde 2022. A lista é mais diversificada, em termos de setores e de países de origem, mas não muito. Sete das 10 candidatas são americanas. A Europa faz-se representar apenas com a britânica Shell e a dinamarquesa Novo Novo Nordisk, uma farmacêutica.
Na lista está também a Tesla, fundada por Elon Musk, a gigante taiwanesa dos chips TSMC e a americana Broadcom, a representar áreas tecnológicas, menos presentes neste ranking do que no primeiro.
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