O e-commerce explodiu nos últimos dois anos, alavancado pelo isolamento gerado pela pandemia de COVID-19. E já se sabe que as compras online vieram mesmo para ficar, sendo o e-commerce uma realidade para os consumidores. No entanto, o comércio online também está a ser usado para a disseminação de produtos contrafeitos.
Segundo um estudo elaborado pela EUIPO (Observatório Europeu para Infrações dos Direitos da Propriedade Intelectual e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) as plataformas online estão a facilitar o negócio em torno dos produtos contrafeitos. É referido que em alguns países desenvolvidos, as apreensões de produtos falsos relativas a compras feitas online representam simplesmente a maioria das respetivas apreensões.
É apontado que a pandemia de COVID-19 intensificou o problema com as redes criminosas a reagirem muito rapidamente à crise e a adaptarem as suas estratégias para tirarem vantagem desta mudança de paradigma. Os dados sobre as detenções relativas a produtos contrafeitos indicam que 56% das apreensões na União Europeia estão relacionadas com o e-commerce.
Segundo o diretor executivo da EUIPO, o e-commerce abriu novas oportunidades de negócio e aumentou a oferta aos consumidores, assim como uma maior flexibilidade de acesso ao mercado. No entanto, o ambiente online atraiu comerciantes mal-intencionados que “poluem a distribuição de e-commerce com produtos falsos”. A instituição diz estar a trabalhar com diversos marketplaces e parceiros institucionais para combater as campanhas de contrafeitos.
Quanto aos países mais afetados pelas vendas de produtos falsos surge em primeiro lugar a China com mais de 75% de apreensões de itens contrafeitos, seguindo-se Hong-Kong com 5,7%, a Turquia com 5,6% e Singapura com 3,3%. O estudo indica ainda que nas apreensões relativas ao e-commerce, cerca de 90% dos produtos são enviados para a União Europeia em pequenos pacotes enviadas pelo correio ou empresas de estafeta, segundo o estudo.
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