No final de janeiro correram informações de que o negócio entre a NVidia e a Softbank para a compra da Arm não estava a correr como previsto. E tudo indicava que a fabricante de placas gráficas poderia cancelar a compra da tecnológica britânica. A confirmação chegou agora de forma oficial e em comunicado, a Softbank anunciou que o acordo deixa de fazer efeito a partir deste dia 8 de fevereiro.

A empresa justifica o insucesso do negócio pelos desafios significativos impostos pelos reguladores, que impediu concluir a venda da Arm, “apesar da boa fé de ambos os lados”. No entanto, do negócio de 40 mil milhões de dólares, o depósito inicialmente feito de 1,25 mil milhões de dólares na assinatura do contrato não será reembolsável. A Softbank disse que esse valor será considerado lucro para o seu quarto ano fiscal que acaba no dia 31 de março de 2022.

NVidia poderá abandonar os planos de aquisição da Arm por falta de "luz verde" dos reguladores
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Tal como já tinha sido avançado anteriormente, os planos da Softbank passam agora por um novo processo de tornar a Arm cotada na bolsa e vai lançar uma IPO (Oferta Pública), a começar no seu próximo ano fiscal até o fim de junho de 2023.

A Arm é uma das líderes mundiais no desenvolvimento de tecnologia de semicondutores, licenciando os seus designs à indústria. Desde que foi adquirida em 2016 pela Softbank, é referido que houve um aumento de investimento em investigação e desenvolvimento e uma expansão geral em outras áreas do mercado como IA, IoT, cloud, condução autónoma e metaverso.

O negócio nunca caiu bem na indústria tecnológica, pela eventual posição dominante que a Nivida iria obter, e desde então tem sido alvo de constante escrutínio e queixas dos próprios clientes da Arm.

A própria autoridade da concorrência britânica defendeu que a aquisição da Arm poderia sufocar a inovação em múltiplos mercados, sendo prejudicial para a concorrência e consumidores, pedindo mais tempo para analisar o processo.  O certo é que pouco ou nada foi avançado desde o anúncio e a NVidia deverá estar prestes a “lançar a toalha ao chão” na aquisição da tecnológica.

Esta reviravolta do negócio causou algumas mudanças na Arm. O CEO da empresa, Simon Segars vai deixar o cargo, a partir de hoje, sendo substituído por Rene Haas, atualmente presidente de IP da empresa. Em entrevista ao TechCrunch, o novo líder da empresa disse que Simon Segars não estava com o tempo e energia necessária para conduzir o processo de tornar a Arm cotada, por isso tomou o seu lugar.