A decisão do aumento de preço da PlayStation 5 pela Sony não tem caído bem na comunidade de jogadores, sobretudo aqueles que ainda não conseguiram comprar a nova consola, pois quando finalmente a encontrarem disponível nas lojas vão pagar mais 50 euros pela mesma. O anúncio foi feito ontem pela Sony, com o líder da divisão PlayStation, Jim Ryan, a justificar a subida com as elevadas taxas globais de inflação e as tendências monetárias adversas que estão a ter impacto tanto nos consumidores como a criar pressão em diversas indústrias.
O aumento da PlayStation 5 criou uma pressão nas fabricantes rivais para responder se iam adotar a mesma estratégia e aumentar o preço, no caso da Microsoft a sua Xbox e a Nintendo da Switch. A fabricante japonesa envio uma declaração ao Eurogamer afirmando que não tinha planos para aumentar o preço de venda de hardware.
A declaração da Nintendo à publicação incluiu uma citação do próprio presidente, Shuntaro Furukawa, durante a reunião de investidores em junho, onde abordava com cautela a questão do aumento de preços. Salienta que não podendo comentar sobre estratégias de preços, atualmente não tem planos para mudar o preço do seu hardware relacionado com a inflação ou o aumento de custos em cada país. “Iremos determinar a nossa futura estratégia de preços através de deliberações cuidadas e continuadas”.
Os analistas económicos referem que o aumento de preço da PlayStation 5 poderá ter acontecido, não pelas razões apontadas diretamente pela Sony, mas pelos custos de câmbio relativas à paridade das principais moedas face ao dólar, nomeadamente o euro e a libra. “A Sony pode ter orçamentado em certas taxas cruzadas contra os seus custos em dólares”, salientou o analista da MST Financial ao Eurogamer. E o facto da Sony ter decidido não aumentar os preços no mercado dos Estados Unidos e não no resto do mundo reforça que se tratou de uma questão de valores das moedas, do que a inflação. O especialista salienta que o mercado de semicondutores está a melhorar e o preço dos componentes está a descer para justificar essa decisão.
A Microsoft também já veio a público esclarecer que não vai aumentar o preço das suas consolas. Numa declaração da empresa publicada pelo Windows Central, um porta-voz da empresa confirmou que não havia planos para aumentar o preço da Xbox Series X e Series S, mantendo-se com o mesmo valor do seu lançamento, independente do custo em euros, dólares o libras, ou seja, na Europa, mantém-se o preço de 300 euros para a versão mais económica e 500 euros para o modelo topo de gama.
De recordar que o aumento do preço da PlayStation 5 teve efeito imediato ao anúncio, com o modelo com leitor de discos Blu-ray a passar a custar 549,99 euros, enquanto que a Digital Edition passa a 449,99 euros. Em Portugal, a escassez das consolas está a obrigar as grandes superfícies a criarem listas de espera, vendendo bundles que incluem jogos, comando adicional e cartão PSN, com preços que podem ultrapassar os 700 euros, como é o caso da oferta da Worten.
A Sony não foi a única a aumentar os preços, no que diz respeito a hardware de gaming. A Meta revelou em julho que a partir deste mês de agosto, o seu headset de realidade virtual Oculus Quest 2 teria um aumento de 100 dólares, justificando o crescimento dos custos associados à produção dos equipamentos.
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