Assinala-se o aniversário de Ada Lovelace, considerada a primeira programadora de computadores do mundo, e a Comissão Europeia decidiu aproveitar a ocasião para lançar o Women in Digital, um scoreboard que terá cariz anual e que irá mostrar o “estado da arte” da participação feminina na chamada economia digital.
O relatório deixa dados sobre a utilização e as skills das mulheres em diferentes vertentes digitais, por comparação aos homens, referindo a média europeia e os valores em cada país. Se no primeiro caso os números estão aquém do desejado, pioram se olharmos para Portugal, que ocupa a 17ª posição entre os 28 Estados-membros da UE.
Naquela que é a primeira edição, indica que somente um em cada seis especialistas de Tecnologias da Informação e Comunicação são mulheres. Os resultados melhoram se olharmos para a área STEAM (Science, Technology, Engineering and Mathematics), mas ainda assim, apenas um em cada três formados são do sexo feminino.
Os dados revelam também que “incrivelmente”, classifica a Comissão Europeia, as mulheres ganham quase menos 20% do que os homens no sector das TIC.
Finlândia, Suécia, Luxemburgo e Dinamarca destacam-se pela positive, registando os melhores valores, enquanto a Bulgária, Roménia, Grécia e Itália ficam no fim da tabela. A avaliação geral coloca Portugal na 17ª posição.
As portuguesas obtêm as melhores classificações face à média da UE - e normalmente face aos homens - em aspectos como a utilização de redes sociais profissionais e a participação em consultas ou votações online. No que diz respeito às skills, estamos à frente quando a análise é sobre ter competências digitais acima do básico e em percentagem de graduados STEM. Já a diferença de ordenados comparativamente ao sexo masculino é menos do que a média dos Estados-membros: 11% quando na UE é de 19%.
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