A Canalys publicou o relatório sobre o mercado global de smartphones para o primeiro trimestre de 2024, registando um crescimento maior do que aquele que era esperado. O crescimento foi de 10%, atingindo as 296,2 milhões de unidades, sendo a primeira vez nos últimos 10 trimestres que houve um aumento de dois dígitos.
O crescimento deveu-se à introdução de novos modelos pelas principais fabricantes, mas também a estabilização macroeconómica dos mercados emergentes. O trimestre viu também a Samsung a regressar à liderança do mercado, que sozinha distribuiu 60 milhões de smartphones, incluindo as atualizações da linha Galaxy A e claro, a oferta da família premium Galaxy S24. A fabricante tem 20% de quota do mercado global.
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A Apple é a segunda fabricante da lista, tendo distribuído 48,7 milhões de unidades, mas de registar os trambolhões que deu no mercado, sobretudo no chinês, que tem vindo também a recuperar. Atualmente detém 16% da quota de mercado. A Xiaomi manteve a terceira posição, com 40,7 milhões de unidades distribuídas, registando 14% da quota do mercado. Em quarto está a Transsion, que disponibilizou 28,6 milhões de unidades e tem 10% do mercado. E a fechar a lista do Top 5 surge a Oppo com 25 milhões de unidades e 8% da quota.
Os analistas da Canalys apontam o momento em que a Samsung apresentou o Galaxy S24 como importante para o crescimento da indústria, graças à estratégia da inteligência artificial. Feita a comparação com o lançamento no ano passado do S23, a nova versão chegou um mês mais cedo, distribuindo 13,5 milhões de unidades, representando um crescimento de 35% face ao ano anterior. A analista aponta o Galaxy AI e uma melhor data de lançamento da linha como principais condutores do sucesso.
É ainda salientado a capacidade das fabricantes terem melhorado as condições do seu inventário para este início de 2024, resultando em melhores performances dos novos modelos. Destaca também o crescimento da Xiaomi em 33% e da Transsion em 86%, sobretudo na distribuição forte nos mercados do Médio Oriente, África e América Latina.
Além do aumento da produção, as empresas estão a fortalecer o stock de matérias primas em antecipação ao aumento dos preços. As empresas têm vindo a abordar este início de ano com cautela, focando-se na gestão do inventário e otimização da cadeia de distribuição, aponta ainda a Canalys. Além disso, têm vindo a explorar as formas de comercializar a IA generativa, uma estratégia comum em todas as fabricantes.
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