
Com o objetivo de mostrar o melhor que se fazia a nível de produções independentes, o Indie X nasceu em Portugal, mas é atualmente respeitado pela indústria internacional como uma montra de prestígio. Anualmente passam dezenas de jogos indie pelo evento, submetidos por estúdios espalhados por todo o mundo.
As primeiras edições realizaram-se em formato físico, em eventos como o Lisboa Games Week e o Moche XL Games World, até que a pandemia obrigou à sua reformulação para o digital. Foi exatamente através do digital que se abriram mais portas aos produtores independentes internacionais e a sua participação em eventos do Steam, que ajuda a projetar esses títulos.
Com vontade de regressar aos palcos físicos, a próxima edição volta a ser online, marcado para os dias 17 e depois entre 20 a 23 de outubro. As transmissões serão feitas na Twitch, numa parceria com a RTP. Diariamente, vão realizar-se 11 horas de transmissões seguidas dos jogos de 50 títulos finalistas. Os cinco melhores jogos portugueses têm um espaço próprio, candidatando-se ao Melhor Jogo Português, atribuído numa parceria com a Associação de Produtores de Videojogos Portugueses (APVP).
Nomes de peso para a Advisory Board
Com a dimensão global com que o evento se tornou, o Indie X criou um Advisory Board constituído por personalidades dos quais a equipa era próxima e cujas opiniões e feedback ajudaram a levar o festival para um novo padrão. Segundo Ricardo Correia, o desejo é estabelecer em Portugal, definitivamente, o maior festival de jogos indie do mundo.

O Advisory Board tem nomes de peso na indústria do gaming, começando com uma das maiores “lendas”, Shuhei Yoshida, um dos fundadores da PlayStation, e ex-Presidente da Sony Interactive Entertainment Worldwide Studios. O Indie X fechou uma parceria com a Gamescom, juntando-se à equipa Roufina Guenkova, Head of Sales and Business Development da Gamescom Dev e Valentina Birke, Directora da Indie Arena Booth da Gamescom. Brjánn Sigurgeirsson, fundado e ex-CEO da Thunderful, um dos maiores grupos de editoras de videojogos da Suécia, passou a ser sócio do Indie X.
O Advisory Board conta ainda com Christian Fonnesbech, CEO e Head of IP na Leverage, para além de ex-Head of Artistic Research no Centre For Interactive Media Arts na Noruega, Fred Sangwook Seo, CEO da FROMtheRED e fundador do evento GAME AiCON, na Coreia; Jesús Fabre, Independent Marketing and Business Consultant e Callum Underwood, co-fundador de IndieBI, Uwu Biz e Robot Teddy.
De recordar que a edição de 2024 bateu alguns recordes do evento, tendo chegado a cerca de 700 submissões de jogos independentes oriundos dos cinco continentes, num total de 96 países. Depois de em 2022 ter criado a página de Festival de Steam dedicado ao Indie X, no ano passado esse evento mereceu um destaque na home page da plataforma de gaming de PC, dando uma exposição meteórica aos títulos participantes.
Ricardo Correia, fundador do Indie X, afirma que o crescimento do evento tem agora a missão de se posicionar como um “Cannes de jogos indie”, com a vontade de o fazer regressar aos eventos físicos. A proposta já foi feita a Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, mas até agora, as conversas acabaram por revelar-se infrutíferas. A equipa já teve convites para levar o evento ao Médio Oriente, nomeadamente o Kuwait e Emirados Árabes Unidos, mas prefere guardar-se para o regresso físico a Portugal e à cidade onde viu nascer o evento.
Também tem vindo a receber convites de festivais asiáticos, na China, Japão, Coreia do Sul e Singapura a pedir curadoria de jogos ocidentais. Nos últimos oito meses, o Indie X esteve presente em sete eventos asiáticos, estando acordados mais quatro para os próximos meses.
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