Segundo o estudo “The Art of AI Maturity: Advancing from Practice to Performance” da Accenture, a maioria (63%) das empresas que utilizam inteligência artificial nas suas operações ainda está a explorar e a experimentar o potencial desta tecnologia. Apenas 12% das empresas já se encontram a utilizá-la a um nível de maturidade mais avançado. A Accenture diz que estas organizações procuram utilizar a IA para alcançar uma forte vantagem competitiva.
O estudo salienta uma framework holística que determina o sucesso das estratégias de crescimento da IA nas organizações. Este conta com um novo índice que expressa a maturidade da IA de uma empresa, recorrendo a uma escala de 0 a 100. Essa maturidade da IA é o grau em que as organizações superam os seus pares, através da utilização de recursos relacionadas com IA, entre eles dados, IA e cloud, assim como uma estratégia organizacional, o uso de IA responsável, apoio de C-suite, assim como o talento e cultura das equipas.
As organizações, no geral, receberam uma classificação de maturidade mediana de IA, numa pontuação moderada de 36. As empresas têm assim pela frente oportunidades significativas para gerar valor através de IA. Apenas um pequeno grupo de 12% das organizações já incluem tecnologias de IA nas suas estratégias de superação dos seus concorrentes. Estas são classificadas como AI Achievers, tendo obtido uma pontuação média de 64 na mesma escala. Este grupo de empresas viu um crescimento de receita 50% maior que as restantes concorrentes.
Já os chamados AI Experimenters são as empresas que ainda se encontram numa fase experimental de implementação de IA, correspondendo a 63% dos inqueridos, recebendo uma pontuação de maturidade de 29. Os AI Innovators, que têm 50 pontos na escala, corresponde à classificação de 13% das organizações e os AI Builders, com 44 pontos, é a uma pontuação assumida por 12% das empresas. Esta classificação corresponde a um nível de maturidade um pouco mais avançada, mas aquém daquilo que conseguiram explorar se investissem mais em IA.
Segundo a Accenture, as empresas classificadas como AI Achievers estão a mostrar aquilo que é possível quando se desbloqueia todo o potencial de talento e tecnologia, num trabalho conjunto. E ainda assim, mesmo este grupo mais avançado tem muito espaço para crescimento, uma vez que variam muito no seu nível de maturidade em IA.
Fazendo uma previsão para 2024, o estudo diz que as empresas de tecnologia, por já terem uma pontuação de maturidade elevada, de 54 pontos, vão crescer para 60 dentro de dois anos, “embora estejam já posicionadas no auge da maturidade de IA em todos os sectores”. Os fabricantes de automóveis e fornecedores vão aumentar da atual pontuação moderada de 39 para 57 até 2024. A aposta nos veículos autónomos movidos através da IA serão o catalisador de crescimento.
As empresas de retalho vão crescer de 38 para 54 pontos no mesmo período. A Accenture diz que muitas empresas deste sector mostraram compromissos mais firmes com a transformação de IA do que outros sectores.
A Accenture refere que as maiores empresas do mundo que discutiram assuntos de IA nas suas reuniões, durante os resultados de 2021, tiveram 40% mais hipóteses de ver o valor das suas ações aumentar acima dos 23% face a 2018. Diz ainda que os investimentos em IA estão a aumentar. E em 2021, 19% das empresas que foram analisadas investiram mais de 30% dos seus orçamentos de tecnologia em projetos de IA. Estima-se que até 2024 a percentagem de organizações que investem esse valor dos orçamentos suba dos 19% para 49%.
Já a percentagem das empresas classificadas como AI Achievers vai aumentar de 12% para 27% até 2024 e a respetiva pontuação geral de maturidade de IA vai aumentar de 36 para 50 no mesmo período.
O estudo foi realizado com base em dados financeiros e não financeiros de 1.176 organizações que usam IA, assim como dados de inquéritos feitos a 1.615 executivos, realizados entre agosto a setembro de 2021 em 16 sectores, que incluem a Aeroespacial, Defesa, Automóvel, Retalho, Tecnologia, Telecomunicações e outras, ao longo de 15 países, incluindo Estados unidos, Alemanha, Espanha, França e China. Portugal não tem representação neste estudo.
Esses dados alimentaram modelos de machine learning, determinando o desempenho das respetivas organizações num conjunto de recursos baseados em IA, gerando-se assim o índice de maturidade da IA na respetiva escala. O estudo completo pode ser consultado na sua página oficial.
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