Na próxima quarta-feira, 24 de setembro, apresenta-se ao mercado uma nova empresa portuguesa de soluções e serviços de cibersegurança. A Lynx Sentry nasce com a ambição de “ajudar a capacitar os quadros executivos das organizações com insights e soluções inovadoras e multidisciplinares em cibersegurança”, em Portugal e noutras geografias, uma vez que a internacionalização está nos planos. Posiciona-se como uma empresa de serviços e soluções de consultoria estratégica, desenho e implementação de arquiteturas de segurança, serviços continuados de gestão de risco e consultoria na gestão de crise e resposta a incidentes.

Para pôr em prática a missão, a tecnológica vai “recorrer a consultores e parceiros locais sob uma estratégia corporativa centralizada, que veja o todo, mas que igualmente flexibilize a adaptação dos nossos serviços e soluções ao contexto económico, legal e cultural de cada geografia”, antecipou ao TEK Notícias, Carla Zibreira, CEO e fundadora do projeto.

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A Lynx Sentry promete uma abordagem ao mercado que passa pela integração de competências multidisciplinares, através de parcerias estratégicas e especializadas que ajudem as organizações a abordar desafios de segurança a diferentes níveis (legal, de comunicação, técnicos ou de recursos humanos, por exemplo). Promete também apostar na integração do potencial da inteligência artificial, em áreas como a deteção e resposta a incidentes, e manter o foco em “soluções ágeis que ajudem as organizações a compreender os riscos e os investimentos necessários para implementar as suas estratégias, na velocidade adequada aos requisitos, complexidade e maturidade do negócio”.

Há espaço para novos concorrentes no mercado da cibersegurança

Numa área de forte concorrência como a da cibersegurança, Carla Zibreira defende que o mercado está longe de estar esgotado e que há muito espaço para novos projetos, porque também há novos desafios a cada dia.

No mundo em geral, e na Europa em particular, têm proliferado iniciativas regulamentares que espelham as preocupações crescentes com a cibersegurança. É neste contexto regulatório cada vez mais exigente, com requisitos de conformidade mais rigorosos e a dar maior ênfase às funções, responsabilidades e obrigações na gestão de riscos de cibersegurança, que a gestora vê oportunidades para novos players.

“Apesar de maior em número e diversidade, há de uma década atrás, a oferta existente a nível global não é ainda suficiente para as exigências atuais e para as que ainda virão por aí”, sublinha Carla Zibreira. Por outro lado, contribuindo estes desafios para que as organizações ganhem maturidade, conhecimento, competência e experiência, isso “é um indicador de que existirá maior procura de soluções e serviços para apoiar na gestão do risco de cibersegurança”.

Organizações portuguesas seguem a diferentes velocidades

Carla Zibreira traz para o projeto 25 anos de carreira na área da cibersegurança, depois de passar por consultoras de referência acompanhando e influenciando a enorme transformação das duas últimas décadas, tanto nos riscos de segurança, como na perceção das organizações portuguesas relativamente a esses riscos.

Diz que é a soma dessas experiências, construídas “num percurso técnico na área da consultoria, sob a mentoria de profissionais de excelência”, e a “criar e gerir equipas e ofertas diversas de cibersegurança”, que fizeram deste “o momento” para criar
um projeto assente nos “princípios e valores que defendo para uma organização”.

Olhando em concreto para a realidade do mercado português, Carla Zibreira reconhece que a visão das empresas sobre o tema da cibersegurança continua a variar bastante conforme a maturidade do mercado e as exigências regulamentares que vão surgindo. “Em organizações menos maduras continuam a dominar investimentos fragmentados ou insuficientes, investimentos reativos e investimentos em soluções menos maduras e integradas”.

O quadro regulatório, com destaque para o Regulamento Geral da Proteção de Dados, o DORA ou a diretiva NIS2 são os grandes motores de consciencialização das organizações e do aumento de maturidade na abordagem ao tema, associado aos investimentos para gestão do risco cibernético.

O TEK Notícias é Media Partner do evento de apresentação ao mercado da Lynx Sentry.