A Meta parece ter afastado a crise das receitas que assombrava nos últimos trimestres, sobretudo numa altura em que os planos da empresa de Mark Zuckerberg estavam praticamente focados no metaverso. O segundo trimestre do ano fiscal da empresa já tinha dado excelentes indicadores que as agulhas estavam finalmente alinhadas, tendo reforçado lucros em mais 16%.
No mais recente relatório de contas, a dona do Facebook e WhatsApp voltou a apresentar contas bastante positivas aos seus acionistas, registando uma duplicação de lucros e uma nota de que as receitas não cresciam tão rápido desde 2021. A Meta registou lucros de 11,58 mil milhões de dólares, num crescimento de 164% face ao mesmo período homólogo do ano passado. Os valores estiveram 9,5 mil milhões de dólares acima das previsões dos analistas.
A gigante tecnológica somou 34,146 mil milhões de dólares de faturação, num aumento de 23% face ao mesmo período do ano passado (27,714 mil milhões). A empresa conseguiu também reduzir os custos totais de operações face ao que antecipava, entre 87 a 89 mil milhões e dólares (numa estimativa de custos de 88 a 91 mil milhões).
No relatório do terceiro trimestre, a Meta revelou ainda que o Facebook registou uma média de 2,09 mil milhões de utilizadores ativos (referente a setembro), num aumento de 5% face ao ano anterior; e 3,05 mil milhões de utilizadores mensais, num aumento de 3%.
Na introdução do relatório, Mark Zuckerberg destacou o bom trimestre para a comunidade e o negócio. “Estou orgulhoso do trabalho que as nossas equipas fizeram no avanço de IA, realidade mista”, salientando o lançamento do Meta Quest 3, dos óculos inteligentes Ray-Ban Meta e a divisão de inteligência artificial AI Studio. De recordar que o Meta Quest 3 foi lançado no dia 10 de outubro, com um preço de 499,99 dólares.
Na conclusão do relatório, a Meta projeta para o quarto trimestre que o total das receitas cheguem aos 36,5 a 40 mil milhões de dólares. A empresa estima que a sua divisão de periféricos de realidade aumentada e virtual continuem a aumentar perdas no final de 2023 em comparação com o ano anterior.
Numa projeção preliminar de despesas para 2024, a Meta prevê um total de gastos entre 94-99 mil milhões de dólares. As principais razões antecipadas referem-se aos custos de infraestruturas, mas também o aumento das despesas de pagamentos a novo talento para áreas-chave da empresa no próximo ano. Obviamente que a divisão Reality Labs vai continuar a ser uma “esponja” de custos, na continuidade de investimento em produtos relacionados com o metaverso.
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