O grupo Lenovo apresentou na semana passada resultados financeiros do terceiro trimestre fiscal, com receitas de 15,3 mil milhões de dólares e um resultado líquido de 437 milhões de dólares, abaixo dos valores obtidos no trimestre homólogo. Ainda assim este é o quinto trimestre consecutivo positivo para a empresa, com rentabilidade em todas as áreas de negócio.
Para o mercado ibérico os dados são também positivos, como explicou Alberto Ruano, diretor geral da Lenovo para Portugal e Espanha, numa conferência de imprensa com jornalistas, destacando a importância da estratégia que foi desenhada, onde o foco é "a venda de soluções e não de caixas", com a integração das várias áreas, alavancando o posicionamento nos PCs e serviços, mas também infraestruturas e equipamentos inteligentes.
Segundo os dados partilhados, as receitas das áreas não PC atingiram neste trimestre um máximo de 41%, diversificando o negócio. Neste trimestre as receitas da SSG (Soluções e Serviços) cresceram 23% em termos homólogos para 1,8 mil milhões de dólares, com uma margem operacional de 20,2% e um lucro operacional de 12%, as receitas do ISG (Soluções de Infraestruturas) aumentaram 48% em termos homólogos, atingindo um máximo histórico de 2,9 mil milhões de dólares, enquanto nos Dispositivos Inteligentes (IDG), e apesar das quebras no mercado global de PCs, a Lenovo manteve rentabilidade em 7,3%.
Alberto Ruano defende que a empresa está bem posicionada para manter a primeira posição nas vendas de PCs em Portugal, onde o mercado empresarial sustenta os números, já que no consumo a Lenovo ficou na terceira posição, segundo dados da IDC. "Depois da pandemia o mercado de consumo foi o que mais caiu. Nos últimos 2 a 3 anos as pessoas adotaram muita tecnologia e agora as opções de investimento são outras", refere.
"Somos número 1 global, número 1 na ibéria e número 1 em Portugal. E vamos continuar a lutar por esta posição", justifica Alberto Ruano.
O diretor geral da Lenovo para o mercado ibérico defende que o consumidor português é muito early adoptor, e olha mais para as especificações do que para o preço. "Em outubro e novembro de 22 tivemos recorde de vendas em consumo", explica.
O desempenho nas áreas da educação e administração pública foi também sublinhado pelo responsável da Lenovo Ibéria, que destacou ainda a área de datacenter e servidores. Rafael Herranz Pinto, responsável pelo Data Center Group defende mesmo que "o mercado de servidores é melhor em Portugal do que em Espanha [...] estamos a usar a potência de Lenovo como companhia para crescer".
Lenovo quer reforçar presença da Motorola em Portugal
A área de smartphones apresentou este trimestre resultados positivos, pelo 11º trimestre consecutivo, e é um dos negócios onde a Lenovo está a apostar com novos modelos edge e o dobrável Razr 2022, que ainda não chegou ao mercado português.
"A oportunidade do mercado da Motorola em Portugal é muito grande", sublinha Alberto Ruano, que nos últimos dias esteve em contactos e reuniões em Lisboa.
Fabio Capocchi, responsável da Motorola Mobility para a EMEA afirma que a empresa já ultrapassou a pior fase, em que era preciso lutar para ganhar, e que os resultados estão a crescer na Europa. Admitindo que o mercado português é exigente, o responsável diz que é preciso investimento para promover os produtos, mas mostra confiança para conseguir bons resultados em 2023, referindo a certificação obtida junto da SFR em França que é um bom sinal para o grupo Altice e pode abrir portas na MEO em Portugal.
A visão da Lenovo para as várias áreas de negócio em 2023 é positiva, apesar do cenário económico e das pressões da inflação e da perturbação macroeconómica. A empresa identifica oportunidades a longo prazo, com tendências de aceleração da digitalização e transformação inteligente, e a expectativa é que os gastos de TI recuperem para uma taxa de crescimento moderada a médio e longo prazo.
A empresa espera que o crescimento anual seja retomado na segunda metade do ano civil, com a procura de utilizadores finais a ser superior aos níveis pré-Covid.
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