O grupo português de Leiria, ínCentea, fechou o último ano com uma faturação de 21 milhões de euros, a crescer 10%. Mais de um quinto deste negócio (22%) já foi realizado em mercados fora de Portugal, mas o plano para este ano, como explicou ao SAPO TeK Luís Barreiro, vice-presidente da empresa, é aumentar a quota do negócio realizado a nível internacional.
Para isso, vão continuar a contribuir os principais mercados abordados pela empresa nos últimos anos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Guiné-Bissau e Moçambique. “Esperamos um crescimento consistente nos países onde temos escritório. Para os restantes países, em fase embrionária ou cuja atividade é suportada em negócios pontuais, é previsível um crescimento significativo de atividade, mas, pelo seu peso relativo, este crescimento não deverá ser muito relevante no volume global de negócios da ínCentea”. adianta o mesmo responsável.
No universo dos mercados internacionais mais consolidados e “pela atual estratégia das diferentes unidades de negócio da ínCentea, prevemos que Espanha ganhe destaque nos países em que operamos”, antecipa também Luís Barreiro.
Entre Portugal e as restantes geografias abordadas pela empresa, o objetivo é manter um crescimento da faturação a dois dígitos em 2023, com a área internacional a representar um quarto do volume de negócios, no final do exercício.
Por segmentos, o mercado Corporate é uma das grandes prioridades para 2023, num universo de negócio que também endereça empresas de menor dimensão. O mercado Corporate representa 10% dos clientes da ínCentea, mas contribui em 61% para o volume de negócios. A empresa também explica que “5% do nosso volume de negócios é gerado pelos nossos clientes que operam no nosso modelo inCentea GO, orientado a uma operação transacional, suportada em plataformas digitais”. Nos planos para 2023 também está o reforço da equipa, que atualmente tem cerca de 344 colaboradores e que até final do ano pode chegar aos 370.
As perspetivas otimistas da ínCentea para 2023 não ignoram “o impacto da guerra na Ucrânia e da inflação”, que se refletem nos diferentes mercados onde a empresa atua. Luís Barreiro sublinha que em Portugal, e sobretudo no universo das PME,há ainda um terceiro fator a “concorrer com o desejável investimento estratégico das empresas em tecnologia de gestão.
Em causa, refere, “a necessidade regular de atualização dos sistemas de informação em virtude das constantes alterações da regulamentação legal e fiscal”, aspeto que também contribui para “uma maior cautela e falta de confiança para investir” e que a empresa admite ser notório entre os clientes.
A ínCentea atua em várias áreas de negócio, o software de gestão é a que tem maior peso, num volume de negócios que também beneficia das atividades nas áreas de sistemas; comunicações e segurança; marketing e inovação; consultoria; e engenharia de produto.
A estratégia de parcerias é uma das bases do modelo de negócio da ínCentena, que implementa soluções Primavera (renomeada Cegid), SAP, Sage, entre outras. Em 2023, um dos destaques desta estratégia vai para a intenção de estreitar a ligação à Cegid, como meio para reforçar a presença no mercado corporate, através da integração na oferta do Cegid Ekon.
A ínCentea vê neste ERP na cloud, desenhado para estes segmentos e com suporte para diferentes línguas e legislação local, uma oportunidade para alavancar os planos de crescimento no mercado internacional. A ínCentea está no mercado há 35 anos, começou a internacionalização em 2007.
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