Ninguém sabe ainda o impacto total da pandemia de COVID-19 que está a afetar o mundo inteiro, e ainda estamos longe do "novo normal", mas a indústria de tecnologia tem sido um elemento importante para as empresas e os utilizadores, e é importante que possa continuar a manter a sua atividade. Esta é a base da argumentação usada por Jens Heithecker, vice presidente da Messe Berlin, durante a conferência de imprensa virtual que decorreu esta manhã, e onde anunciou que afinal haverá uma IFA 2020 que não é virtual, ao contrário do que tinha sido antecipado.
Todos os anos a IFA de Berlim reúne milhares de participantes e as principais marcas do mundo da tecnologia, com uma presença que se estende de forma global. É a principal feira de tecnologia de consumo e também B2B na Europa, movimentando mais 4,7 mil milhões de euros por ano. Em 2019 o espaço de exposição estendeu-se a 26 pavilhões (27 com um hub novo para mais conferências que abriu esse ano), animados durante seis dias com perto de 2 mil expositores e quase 164 mil metros quadrados.
Mas este ano vai ser muito diferente. "Sabemos que não podemos desligar a economia global, e a economia precisa da tecnologia. A inovação não parou", afirmou o vice presidente da Messe Berlin, lembrando que a indústria precisa urgentemente de uma plataforma para mostar a inovação para conseguir retomar a normalidade e que as empresas estão a preparar-se para datas importantes, como a Black Friday, Natal e fim de ano chinês.
Jens Heithecker partilhou a sua visão pessoal da pandemia, dizendo que tal como as outras pessoas teve medo pelos mais próximos, e a incerteza afetou também os planos da Messe Berlin, e da IFA que tem um orçamento de milhões de euros. "Berlim foi uma das cidades menos afetadas, mas em setembro não sabemos como estará o panorama global, alguns países podem manter limitações e restrições a viagens", explica.
IFA 2020 limitada a profissionais, mas com videoconferências abertas
A IFA 2020 vai acontecer de 3 a 5 de setembro, mas sem visitantes do público, e em quatro eventos separados: IFA Global Press Conference para a imprensa, IFA Business, Retail, Meeting Lounges, IFA Global Markets, e Shift Mobility meets IFA Next.
Em cada dia haverá um limite rigoroso a mil participantes, não excedendo os 5 mil definidos pelas autoridades alemãs como máximo em eventos públicos. Serão seguidas também todas as recomendações das autoridades para o distanciamento social, uso de máscaras e higiene, uma garantia dada pela Messe Berlin durante a conferência de imprensa que decorreu esta manhã.
Atualmente existe um Hospital de coronavírus no espaço onde a IFA se realiza, na Messe Berlin, mas Jens Heithecker garante que haverá espaço e condições para a realização do evento.
"Esta é a melhor solução nesta altura", sublinha o vice presidente da Messe Berlin, afirmando que é uma forma de apoiar a indústria, mantendo o contacto pessoal que é tão impostante. Admite porém que ninguém sabe qual é o impacto que a pandemia COVID-19 pode ter nos eventos no futuro. "A minha esperança pessoal é que as pessoas sintam falta da IFA 2020 e que voltem nos próximos anos", refere.
Para os profissionais que não conseguirem estar presentes neste modelo de acesso limitado, assim como para o público, existirá um modelo de transmissão em videoconferência, que será aberto.
Questionado em relação ao impacto financeiro da mudança de planos, Jens Heithecker diz que não é tempo de falar de números mas de apoiar os parceiros e as marcas. "Queremos ser parte da solução", reforça.
Ainda não há números sobre a participação de expositores, e a presença de países, dados que provavelmente só serão divulgados nos próximos meses.
A CE China, organizada também pela IFA em Guangzhou, também vai realizar-se em setembro, com data marcada entre os dias 24 e 26 desse mês.
Nota da redação: A notícia foi atualizada com mais informação
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