A Agência para a Modernização Administrativa (AMA), a NOVA Information Management School (NOVA IMS) da Universidade Nova de Lisboa e o Centro de Valorização e Transferência de Tecnologias do ISCTE (CVTT-ISCTE), lançaram hoje o Polo de Inovação Digital AI4PA – Artificial Intelligence for the Public Administration.

O AI4PA é um dos polos de inovação digital aprovados em novembro do ano passado, no âmbito do Plano de Ação para a Transição Digital e tem como objetivo apoiar a otimização das políticas públicas em várias áreas de governação através da promoção de soluções digitais com base em Inteligência Artificial e Ciência de Dados.

O polo pretende também aumentar as competências das entidades públicas e das pequenas e médias empresas (PME) que lhes prestam serviços, tendo em vista a integração na rede europeia de polos de inovação digital. A coordenação geral do AI4PA, que reúne mais de duas dezenas de parceiros, entre administração central, regional e local, academia e empresas, ficará a cargo da AMA.

“O que visamos é potenciar a reutilização dos dados a utilização da ciência dos dados e da Inteligência Artificial para melhorar as políticas públicas, para melhorar os serviços públicos e, com isso, ter um impacto positivo e trazer valor à sociedade ao mesmo tempo que alavancamos a economia digital”, enfatizou Sara Carrasqueiro, membro do Conselho Diretivo da AMA, durante a apresentação do AI4PA.

Avaliar os impactos da transformação digital também faz parte dos objetivos do AI4PA, potenciando os seus benefícios e mitigando os riscos associados ao processo de transição.

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De acordo com Sara Carrasqueiro, entre os serviços prestados pelo AI4PA incluem-se proporcionar ambientes de experimentação”; qualificar e formar agentes da administração pública ou de empresas; “desenhar estratégias impulsionadoras da transição digital”; facilitar a interação entre parceiros; apoiar na procura de financiamento e ainda “sensibilizar e comunicar” os resultados das experiências realizadas e soluções desenvolvidas.

O polo apresenta-se como uma “one stop shop”, agregando experiências e conhecimentos complementares, além de garantir a mobilização dos públicos-alvo e decisores e as competências-chave para os serviços a desenvolver. A responsável do Conselho Diretivo da AMA deu também a conhecer que já está em marcha o contacto para colaboração com outros polos de inovação nacionais, como o C-Hub: Cybersecurity DIH

Em comunicado, Miguel de Castro Neto, subdirector da NOVA IMS, afirma que “o AI4P, com todos os parceiros que o suportam, tem como ambição ser o catalisador que, tirando partido da ciência dos dados, do conhecimento disponível e das competências do consórcio, irá ser o motor da inovação e desenvolver uma nova geração de produtos e serviços da administração pública em Portugal”.

Já José Miguel Sales Dias, Professor Associado com Agregação do ISCTE, sublinha que “importa apoiar a transição digital da administração pública através do recurso à Inteligência Artificial e outras tecnologias inovadoras com o objetivo de aumentar a eficácia e a eficiência das políticas públicas e a qualidade dos serviços públicos, otimizando, monitorizando e avaliando as políticas nas várias áreas da governação, fomentando a adoção de dados abertos, capacitando os respetivos técnicos e líderes e envolvendo também os cidadãos e as empresas, que é o que o AI4PA se propõe levar a cabo”.

Tal como explicado por Pedro Cilínio, da Direção de Capacitação Empresarial da IAPMEI, no início da apresentação do AI4PA, no contexto do programa Europa Digital será financiado um conjunto de infraestruturas para a área digital, de computação avançada a cibersegurança, passando ainda por Inteligência Artificial, que terão a rede europeia de polos de inovação digital como pontos para que o tecido empresarial e as administrações públicas possam ter acesso a estas capacidades avançadas.

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A ideia é que estes polos de inovação digital funcionem como redes colaborativas, que incluam centros de competências digitais para apoiar a disseminação e adoção de tecnologias digitais pelas empresas, em especial as PME. Mas também como incubadoras de startups, dinamizando o empreendedorismo nestas áreas.

Além dos polos de inovação foram apresentadas no ano passado as Zonas Livres Tecnológicas, também uma iniciativa do Plano de Ação para a Transição Digital, que pretende promover a experimentação e demonstração de novas tecnologias, coordenando com o apoio e acompanhamento de entidades competentes e reguladores.