Foram hoje revelados os projetos vencedores pela Comissão Europeia referentes aos concursos Cluster 5 e Cluster 4. O Cluster 5 do Horizonte Europa: Clima, Energia e Mobilidade permitiu às entidades portuguesas amealhar 3,5 milhões de euros de investimento. As do Cluster 4 do Horizonte Europa: Digital, Indústria e Espaço garantiu um financiamento de 17,3 milhões de euros para projetos de investigação e desenvolvimento.
É referido que no concurso Cluster 4 foram submetidos 139 projetos com a participação nacional, tendo sido selecionados 26 para financiamento, o que se traduz numa taxa de sucesso de 19%, ficando em linha com a média de 20% da União Europeia. Estes resultados referem-se a duas chamadas no Cluster, com orçamentos de 404 e 353 milhões de euros. Na primeira, Portugal conseguiu obter 10,5 milhões, ou seja, 2,6% do financiamento disponível destinado a 15 projetos. Na segunda obteve 6,7 milhões para 1,9% do financiamento para 11 projetos.
Ainda no que diz respeito aos 26 projetos selecionados do Cluster 4, três deles são coordenados diretamente por instituições nacionais: o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) coordena o projeto START: Sustainable Energy Harvesting Systems based on Innovative Mine Waste Recycling; O INESC TEC vai coordenar o SoTecIn Factory – Social and Technological Innovation Factory for Low-Carbon and Circular Industrial Value Chains; e o CITEVE está à frente do projeto Waste2BioComp – Converting organic waste into sustainable bio-based componentes.
Relativamente ao concurso Cluster 5, o orçamento foi de 233 milhões de euros e Portugal angariou o financiamento de quatro dos 24 projetos com participação nacional, obtendo uma taxa de sucesso de 17% para uma média europeia de 27%.
Dos quatro projetos, a Agência Nacional de Inovação destaca o EV4EU: Electric Vehicles Management for carbon neutrality in Europe é coordenado pela INESC-ID e conta com a participação de um consórcio de 16 parceiros, incluindo a Smart Energy Lab, a EDP CNET, a EDA e a Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia dos Açores. É explicado que o projeto se centra na interação entre os veículos elétricos e as infraestruturas tendo em vista a neutralidade carbónica. Espera-se uma diminuição do impacto nas baterias, necessidades dos utilizadores, sistemas elétricos e a integração com os mercados de energia e transformação das cidades.
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