A notícia avançada pela Reuters afirma que 23 concorrentes dos serviços Jobs da Google enviaram uma carta à comissária europeia da concorrência Margrethe Vestager, pedindo uma ordem temporária à Google para parar de atuar de forma injusta, enquanto investiga o caso.

Em causa está o facto da casa-mãe da Google, a Alphabet Inc, colocar uma interface grande na ferramenta, que já existe há dois anos, no topo dos resultados de pesquisas como "trabalhos de call center" na maior parte do mundo.

Alguns concorrentes da gigante tecnológica alegam que esta posição é ilegal, uma vez que consideram que a Google está a usar o seu domínio para atrair utilizadores para o seu serviço especializado Google Careers, sem os tradicionais investimentos de marketing que seria necessário fazer. E isto, dizem, custou-lhes lucros e utilizadores.

Outras empresas de tecnologia de emprego dizem que o Google restaurou a inovação e a concorrência no setor.

Semelhantes a plataformas mundiais como o Indeed e outros serviços de procura de trabalho, a ferramenta da Google vincula as publicações agregadas de muitos empregadores, permitindo que os candidatos filtrem, salvem e recebam alertas sobre as oportunidades.

Ao longo das últimas décadas, a Google já passou por acusações semelhantes com negócios e em pesquisas sobre viagens. E agora a empresa, que já reagiu, vem dizer que as acusações anteriores fizeram com que a empresa permitisse que outros serviços de busca participassem, incluindo um recurso projetado na Europa para dar aos rivais mais destaque.

"Qualquer provedor, de empregadores individuais a plataformas de listagem de empregos, pode utilizar esse recurso na busca, e muitos deles viram um aumento significativo no número de pedidos de emprego que recebem", explica o gestor de produto da Google, citado pela agência.

"Ao melhorar a experiência de pesquisa para empregos, podemos oferecer mais tráfego para sites e suporte a um ecossistema de busca de empregos saudável", acrescenta Nick Zakrasek.

A falta de ação de Margrethe Vestager pode estimular os signatários a seguir com as queixas formais à Comissão Europeia contra a Google . Mas a StepStone GmbH, com sede em Berlim e que gere 30 sites de empregos em todo o mundo, e outro serviço de pesquisa alemão, já deram esse passo, informou uma fonte anónima à Reuters.