O Departamento do Comércio dos Estados Unidos adicionou mais 36 empresas chinesas à sua “lista negra”. As organizações visadas, que incluem duas das maiores fabricantes de chips chinesas, a Yangtze Memory Technologies e a Shanghai Micro Electronics Equipment Group, estão agora impedidas de fazer negócios com empresas norte-americanas sem uma licença.

Em comunicado à imprensa, Alan Estevez, subsecretário do Departamento do Comércio para a área da Indústria e Segurança, afirma que a decisão vem reforçar as medidas tomadas pelo governo dos Estados Unidos em outubro, de modo a proteger a segurança nacional e restringir o acesso da China a tecnologias avançadas para fins militares e de abuso dos direitos humanos.

Recorde-se que, há cerca de dois meses, a Administração Biden aprovou um conjunto de novas medidas sobre exportações, incluindo restrições concebidas para limitar o fornecimento de semicondutores a fabricantes chinesas.

As medidas estabelecem que são necessárias licenças específicas para que as exportações norte-americanas possam ser enviadas para fábricas produzam semicondutores avançados a operar na China, sejam as mesmas chinesas ou não.

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Anteriormente, a Yangtze Memory Technologies estava a ser investigada nos Estados Unidos por suspeita de ter vendido semicondutores à Huawei, outra das empresas que está na "lista negra" desde maio de 2019, violando as restrições impostas pelo governo do país.

Do conjunto de 36 entidades chinesas visadas, 21 contam com medidas restritivas adicionais. As medidas impedem empresas estrangeiras de exportar produtos que contenham uma determinada tecnologia norte-americana às entidades chinesas. Por outro lado, 25 empresas chinesas foram removidas da lista de entidades não-verificadas do Departamento do Comércio uma vez que foi demonstrado que não estavam a violar as regras comerciais em vigor.

Além da China, Alan Estevez detalha que estão a ser reunidos esforços para impedir que a Rússia tenha acesso a tecnologia usada na guerra contra a Ucrânia, incluindo aquela que vem de países como o Irão. Do outro lado do Atlântico, o Conselho da União Europeia (UE) aprovou o nono pacote de sanções à Rússia depois da invasão da Ucrânia, com medidas restritivas para mais 200 indivíduos e entidades, além de limitações no acesso das forças russas a drones.