Está a decorrer uma autêntica “batalha de titãs” no tribunal da Califórnia, entre a Epic Games e a Apple, devido ao caso das comissões da App Store cobradas e a expulsão de Fortnite da loja de aplicações da empresa da maçã. É uma guerra que se prolonga há quase um ano e que poderá ter conclusão em breve.
A Apple continua a defender que não podem ser utilizados no seu ecossistema apps acedidas em lojas alternativas, estando em causa as questões de privacidade e segurança no sistema operativo iOS, o que faria a empresa da maçã a gastar mais dinheiro a resolver problemas. A Epic Games tem vindo a contrapor, procurando o testemunho de developers que aparentemente estão com receio de criticar a Apple, acusando a empresa liderada por Tim Cook de gerir a App Store como um monopólio.
Nste autêntico ping-pong de argumentos têm sido chamados representantes de outras empresas tecnológicas para depoimentos perante a juíza Yvonne Gonzalez Rogers que tem acompanhado o caso. E por ser uma audiência pública estão a ser reveladas informações até aqui desconhecidas sobre questões de bastidores da indústria do gaming.
Uma das questões é que as consolas Xbox, no mercado há quase 20 anos, nunca foram rentáveis para a Microsoft. As consolas sempre foram colocadas no mercado com prejuízo e em vez de ganhar dinheiro com o hardware, a gigante tecnológica fatura com as vendas na sua loja digital, com os serviços de subscrição como o Game Pass e a venda de acessórios, como comandos. A sua comissão é de 30%, por norma, um valor que se tornou norma na indústria e a mesma que a Apple tem cobrado.
Outro ponto que foi revelado durante as audiências é o sucesso estrondoso que Fortnite continua a ter, sobretudo na PlayStation 4. Segundo o testemunho de Tim Sweeney, CEO da EPic Games, entre 2018 e 2019 Fortnite faturou cerca de 9 mil milhões de dólares. O sucesso de Fortnite na PS4 é tão grande que a Epic conseguiu mesmo convencer a Sony a abrir um precedente de permitir jogar o jogo entre amigos em diferentes consolas, abrindo assim o cross-play na PS4.
Segundo documentos apresentados pela Epic em tribunal, a maior parte das receitas do jogo vinham mesmo da consola da Sony. E o precedente de Fortnite acabou por levar a Sony a mudar as suas políticas e abrir o cross-play a todos os jogos que suportem a compatibilidade com outras plataformas.
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