A rede social X colocou uma ação em tribunal contra um grupo de grandes empresas ligadas ao sector alimentar, sob a acusação de boicote de publicidade na empresa de Elon Musk. A Unilever, Mars, a empresa privada de saúde CVS Health, a Orsted dedicada a energias renováveis são alguns dos nomes visados no processo, que inclui ainda a Federação Mundial de Anunciantes (WFA). As empresas são acusadas de privarem a rede social em milhares de milhões de dólares em receitas publicitárias, avança a BBC.
Desde que Elon Musk comprou o Twitter em 2022, que muitas empresas decidiram cortar o investimento em anúncios na rede social, alegando receios de que o novo dono da rede social não tivesse uma posição correta no que diz respeito à remoção de conteúdos perigosos partilhados online. O certo é que foi o próprio magnata a afirmar, cerca de seis meses depois da compra, que a empresa tinha perdido cerca de metade das receitas publicitárias.
É conhecida a relação pouco amistosa de Elon Musk com os anunciantes que deixaram de investir na rede social X, ao ponto de dar respostas menos próprias devido ao bloqueio do investimento em publicidade. O empresário disse que se o boicote dos anunciantes continuasse, a X ia morrer e a culpa seria dos mesmos. Prometeu ainda que, se lá chegasse, tudo ficaria bem documentado e o mundo poderia julgar quem teve a responsabilidade na falência da X.
A CEO da rede social X, Linda Yaccarino, referiu numa mensagem em vídeo que nenhum grupo de pessoas deve monopolizar aquilo que é monetizado. Já Elon Musk disse que tinham tentando ser cordeais nestes dois anos, mas receberam nada mais que palavras ocas. E que agora partia para a guerra.
Em carta aberta, a rede social X alega que as empresas em questão retraíram, de forma injusta, os gastos em publicidade, seguindo as indicações de uma iniciativa da WFA chamada “Global Alliance for Responsible Media (GARM)”. O objetivo da iniciativa era ajudar a indústria a endereçar o desafio dos conteúdos ilegais e prejudiciais nas plataformas digitais e a monetização através da publicidade.
Com esta medida, segundo a X, as empresas atuaram contra os seus próprios interesses económicos, numa conspiração contra a plataforma, violando as leis da concorrência. Especialistas na matéria afirmam que a ação não tem pernas para andar, destacando que um boicote politicamente motivado não se trata de uma violação à lei da concorrência.
E mesmo que o caso tenha sucesso para o lado de Elon Musk, a rede social não pode obrigar as empresas a comprar espaço de publicidade na plataforma. A BBC aponta que a empresa de Elon Musk procura uma compensação monetária e uma medida do tribunal para impedir que o boicote continue. As empresas consideram ainda que a rede social de Elon Musk se tornou um competidor menos eficaz na venda de publicidade digital. Entretanto, Linda Yaccarino disse que a rede social cumpriu todos os pedidos feitos pelos anunciantes e grupos como a GARM de oferecer novas ferramentas, melhorando os controlos das empresas e a eficácia dos seus produtos na plataforma.
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