Quando Elon Musk comprou o Twitter, a rede social valia 44.000 milhões de dólares (quase 41.000 milhões de euros, à taxa de câmbio atual).
A carta interna dirigida aos funcionários diz respeito à participação nos lucros do grupo de San Francisco e à alocação de ações da X Holdings, empresa que supervisiona o Twitter desde a sua aquisição, no final de outubro.
O programa de concessão de participações avalia a plataforma em 20.000 milhões de dólares (18.585 milhões de euros), próximo da capitalização da Snap (18,2 mil milhões de dólares), que controla o Snapchat, ou da rede social e 'site' criativo Pinterest (18,7 mil milhões de dólares), ambos cotadas.
A AFP conta que solicitou através do endereço eletrónico dedicado à imprensa um comentário, tendo o Twitter gerado uma resposta automática contendo apenas "um 'emoji' em forma de um monte de excrementos". Esta nova resposta automática já tinha sido identificada na semana passada, como o SAPO TEK comprovou.
No documento interno, Elon Musk justifica esta brutal contração da valorização pelas dificuldades financeiras vividas pelo grupo, um tempo à beira da falência, de acordo com o próprio.
"O Twitter estava destinado a perder 3.000 milhões de dólares (2.787 milhões de euros)", escreveu Elon Musk numa mensagem publicada na rede social no sábado.
Este número é explicado, segundo Elon Musk, por uma perda de faturação de 1.500 milhões de dólares (1.393 milhões de euros) e vencimentos da dívida de valor equivalente.
"Mas agora os anunciantes estão a voltar, parece que vamos chegar ao equilíbrio no segundo trimestre" deste ano, afirmou o presidente executivo e acionista maioritário do Twitter.
Desde que assumiu o controlo da rede social, Musk reduziu o número de trabalhadores de 7.500 para menos de 2.000, recorrendo a sucessivas vagas de despedimentos.
No documento interno, Elon Musk disse ver "um caminho difícil, mas claro" para uma avaliação do grupo em cerca de 250.000 milhões de dólares, sem referir um prazo.
O líder da Tesla e do grupo aeroespacial SpaceX anunciou que o Twitter abriria, a cada seis meses, uma janela para permitir que os funcionários da rede social vendessem as suas participações, que já não estão cotadas em bolsa.
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