Os últimos meses têm ficado marcados pela decisão de despedimentos na indústria tecnológica. Nem mesmo as grandes empresas como a Amazon, Meta, Ericsson, Disney, Ebay, Dell, e Twitter resistem aos despedimentos coletivos. Só no mês de janeiro foram despedidos 84 mil funcionários no sector tecnológico. E os cortes na indústria parecem continuar, sobretudo em período de apresentação de contas relacionadas com o encerramento do ano fiscal e o Clubhouse e a Dropbox são os mais recentes protagonistas.
O Clubhouse destacou-se durante a pandemia, uma rede social com destaque no áudio, que serviu de palco a muitas palestras desde que foi lançado em 2021. Numa carta enviada aos seus empregados, os fundadores Paul Davison e Rohan Seth revelaram os planos da empresa para o futuro e a decisão de cortar 50% da sua força de trabalho, como essencial para a sua sobrevivência.
Os líderes da empresa explicam que durante a pandemia reuniu uma comunidade de milhões de utilizadores confinados em suas casas. Com a abertura das medidas de restrições, tornou-se mais difícil de encontrar amigos para conversar na aplicação. E por isso o Clubhouse vai fazer uma espécie de reset, com uma nova estratégia, mas que não funciona com o tamanho atual da equipa. Sendo uma empresa que funciona remotamente, tornou-se difícil a coordenação das equipas na introdução das decisões. “As pessoas sentem-se bloqueadas por nós e criativos brilhantes são subaproveitados”, lê-se na carta.
Para corrigir, a restruturação planeada vai eliminar cargos e reduzir a empresa a uma equipa mais pequena e focada. Por outro lado, afirma que não tem uma pressão imediata para reduzir custos, mas acredita que com uma equipa mais pequena vai permitir aumentar o foco e a velocidade para o lançamento da sua próxima evolução do produto, o Clubhouse 2.0.
Todos os empregados vão receber uma indeminização de quatro meses de salário, ou seja, até ao fim de agosto, incluindo o plano de saúde. Os funcionários afetados podem ficar com os seus portáteis, além de serem ajudados a encontrar emprego através de referências e os emigrantes com situações de Visa.
Dropbox vai despedir 500 funcionários
Drew Houston, cofundador e CEO da Dropbox, também partilhou uma carta aos seus funcionários sobre a situação atual da empresa e a necessidade de despedir cerca de 16% da sua mão-de-obra, ou seja, 500 Dropboxers. O líder da empresa diz que o negócio continua a ser lucrativo e estável, mas por outro lado o seu crescimento tem abrandado. A situação económica global fez com que alguns investimentos que antes geram retornos positivos já não são sustentáveis.
A empresa afirma que a chegada da era da computação por IA chegou finalmente, “e acreditamos que por muitos anos que a IA vai dar-nos superpoderes e transformar completamente o trabalho de conhecimento”, disse na carta. A empresa tem vindo a ser construída para este futuro, algo que pretende demonstrar no pipeline de produtos para este ano.
Confessa que nos últimos meses a IA expandiu o potencial do mercado a uma nova geração e que, tal como a sua concorrência, teve de aproveitar as oportunidades do momento. “Num mundo ideal, simplesmente trocaríamos as pessoas de uma equipa para outra. E fizemos o que era possível. No entanto, a nossa próxima fase de crescimento requer uma mistura de diferentes conhecimentos, particularmente em IA e desenvolvimento de produtos em fase inicial. A empresa admite precisar de mais funcionários nesta área.
Em compensação aos empregados despedidos, a Dropbox diz que vai pagar 16 semanas, mais uma adicional por cada ano na empresa. Todos vão manter o plano de saúde de seis meses nos Estados Unidos e o equivalente a nível internacional. Todos os smartphones, portáteis, tablets ou periféricos da empresa utilizados pelos empregados passam a ser seus, para uso pessoal. Vai ainda ajudar a encontrar emprego em outras empresas.
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