A Apple estará com intenções de pôr fim à sua principal equipa de operações de inteligência artificial em San Diego. Os planos passam por uma fusão com o grupo de Austin, no Estado do Texas.
A decisão da marca da maçã poderá deixar em risco de serem demitidas muitas das 121 pessoas que constituem a equipa, avança a Bloomberg.
O grupo, conhecido como Data Operations Annotations, foi informado esta quarta-feira das intenções, refere a agência citando fontes próximas que não quiseram ser identificadas, dado a decisão ainda não ter sido anunciada.
A Apple terá dado aos colaboradores a possibilidade de serem transferidos para a nova equipa, decisão que terão de tomar até ao final do próximo mês de fevereiro. Caso contrário, os trabalhadores serão demitidos a 26 de abril.
O grupo é responsável por melhorar o sistema Siri, ouvindo as perguntas do serviço de voz e determinando se as perguntas foram interpretadas e tratadas com precisão. Ter-se-á especializado no uso da assistente pessoal da Apple em hebraico, inglês, vários dialetos de espanhol, português, árabe e francês.
Para a equipa de San Diego a mudança foi uma surpresa, já que inicialmente seria uma "deslocação" para um outro local na mesma cidade, e não para o Texas. Segundo as fontes citadas pela Bloomberg, muitos não estarão dispostos a mudar para Austin. Ainda assim, há a hipótese de serem reintegrados noutras funções.
A mudança pode resultar na saída de várias dezenas de trabalhadores da empresa. Reportando 161 mil funcionários em setembro último, a Apple tem conseguido evitar demissões desde a pandemia, em contraste com a maioria de seus pares tecnológicos, como por exemplo a Google.
A gigante das buscas avançou recentemente com despedimentos que afetam várias das suas divisões, num total de centenas de postos, alegadamente para baixar despesas e focar-se na inteligência artificial. A Amazon também cortou centenas de postos de trabalho, incluindo da plataforma Twitch.
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