A Amazon vai avançar com novos cortes de pessoal e desta vez uma das unidades mais afetadas será a de serviços cloud, que já representam 14% das receitas totais do grupo fundado por Jeff Bezos, de acordo com os dados divulgados no último relatório e contas da empresa.
Na Amazon Web Services, a companhia pretende cortar posições nas áreas de vendas, marketing e serviços globais. Vão ainda sair colaboradores da equipa de tecnologias das lojas físicas. O número total de saídas não foi revelado, a empresa só disse que será da ordem das centenas.
“Esta decisão é difícil mas necessária à medida que continuamos a investir, contratar e otimizar recursos para levar inovação aos nossos consumidores”, disse um porta-voz da AWS à BBC.
O mesmo responsável garantiu que a empresa vai continuar a contratar em áreas críticas para o negócio, sublinhando que mesmo nesta altura há várias posições em aberto na companhia e que a tecnológica está mesmo a tentar identificar algumas dessas oportunidades para quem vai ficar sem emprego.
Os novos cortes vão acontecer um pouco por todo o mundo, mas no que se refere à AWS estão previstos sobretudo para a zona de Seattle, quartel general da companhia.
No final do ano passado, a Amazon contava com 1,5 milhões de empregados entre trabalhadores a tempo inteiro e em part-time. O número não inclui subcontratados nem trabalhadores temporários.
Já este ano, a companhia tinha anunciado despedimentos na Twitch, Prime Video e MGM Studios. Só na plataforma Twitch foi dada ordem de saída a cerca de um terço dos colaboradores (500).
Em março do ano passado, a Amazon anunciou o despedimento de até 9.000 colaboradores. Em janeiro já tinha previsto a saída de 18.000 pessoas, num movimento que teve de adaptar a dimensão da empresa a uma procura que foi normalizando após o fim das restrições da Covid-19.
No fim do ano, as contas apontavam para o despedimento de mais de 23 mil colaboradores da Amazon ao longo de 2023.
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