A plataforma TendersTool analisou os investimentos públicos feitos no sector das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em Portugal durante 2021, revelando que o valor foi de 717,46 milhões de euros. O destaque vai para o terceiro trimestre do ano, que corresponde ao período do regresso às aulas, com a Administração Pública a investir 40% do valor (306 milhões de euros). Os restantes trimestres receberam cerca de 20% do investimento, com valores a rondar os 130 milhões de euros.
Os valores são justificados pelo grande investimento no sector educativo, com a compra de hardware, entre os quais computadores portáteis e outros equipamentos para estudantes e professores. O investimento enquadra-se na estratégia de combate à pandemia e na transformação digital necessária para dar continuidade ao ensino à distância.
A maior parte do investimento foi feito em Serviços, representando um total de 47,58% do investimento total, ou seja, 341,352 milhões de euros. Segue-se o Hardware com o valor de 291,282 milhões de euros, com 40,60% do investimento. Foi feito ainda um investimento em Software no valor de 84,64 milhões de euros, sendo 11,80% da fatia total.
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Nos Serviços, destaca-se o Outsourcing IT com 190,4 milhões de euros em investimento, seguindo-se a Manutenção com 94,5 milhões de euros. As telecomunicações representaram 38,6 milhões de investimento. No Hardware, o maior investimento foi na microinformática, com um investimento de 219,5 milhões de euros, seguindo-se as telecomunicações em 19,98 milhões de euros. Por fim, o Software Especializado contou com 48,26 milhões de investimento, seguindo-se o de Gestão com 20,08 milhões.
No âmbito geográfico, a Administração Central realizou 70% dos investimentos, ultrapassando os 500 milhões de euros. A nível regional, a Área Metropolitana de Lisboa teve o investimento de 70 milhões de euros, representando 10% do total. Foram investidos ainda 100 milhões de euros nas regiões Norte, Centro, Alentejo e Algarve. Já nas regiões autónomas da Madeira e Açores foram investidos 25 milhões de euros.
O relatório salienta que as empresas Claranet, MEO e Inforlândia foram as que mais beneficiaram pelo investimento público no sector. A Claranet recebeu 69,61 milhões de euros em projetos; a MEO recebeu 55,52 milhões de euros em investimento; e a Inforlândia teve um investimento de 54,62 milhões de euros.
A Secretaria-Geral do Ministério da Educação e Ciência foi o organismo público mais ativo, com um investimento total nas TIC de cerca de 189 milhões de euros. Já a Autoridade Tributária e Aduaneira e a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna tiveram investimentos de 57 milhões de euros e 27 milhões de euros, respetivamente.
As organizações que mais investiram em TIC em 2021 foram o Instituto de Informática, I.P, SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E., Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e Banco de Portugal, ultrapassando os 70 milhões de euros. Este top 7 representou quase 50% do investimento total de 2021.
Por sector, o investimento em Educação foi de mais de 200 milhões de euros, representando 30% do total. Seguiu-se o sector da Saúde com mais de 50,5 milhões de euros investidos. O Fomento e a Defesa com um investimento de 39,14 para cada. Os sectores do Interior, Emprego e Justiça não chegaram a ultrapassar os 5 milhões de euros de investimento.
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