O Spotify eliminou, da sua plataforma, dezenas de milhares de músicas geradas pela solução de inteligência artificial da Boomy. Com esta ação terão sido removidas cerca de 7% de todas as faixas do género que estão carregadas neste software de streaming.
A remoção aconteceu depois de a Universal Music ter reportado ao Spotify, bem como a outras plataformas de streaming, que tinha detetado atividade suspeita em algumas das músicas da Boomy. De acordo com a gigante da indústria musical, algumas destas músicas teriam tido os seus números de reprodução inflacionados por conta da utilização de bots - uma estratégia altamente prejudicial para a plataforma sueca, uma vez que esta paga um valor, por reprodução, aos autores/detentores dos direitos de cada faixa.
"O streaming artificial é um problema de longa data, na indústria, e o Spotify está a trabalhar para o mitigar", afirmou um representante do Spotify, em declarações ao portal, Insider.
A música gerada por IA é um produto relativamente fácil de conceber, especialmente numa altura em que proliferam os modelos generativos. Recentemente, uma faixa que emula a voz dos artistas Drake e The Weeknd, viralizou, enganando muitas pessoas acerca da sua autoria.
Em reação, a Universal Music Group, que representa ambos os cantores, afirmou que utilizar as suas vozes para treinar sistemas de IA constitui "uma violação da lei dos direitos de autor". Em consequência, a faixa foi prontamente retirada do ar pelo Spotify e Apple Music.
A Boomy foi fundada em 2021 e o seu produto mais popular consiste numa ferramenta que permite aos utilizadores gerar música com base em descrições textuais. Apesar deste problema, a empresa garante que os seus utilizadores podem voltar a criar faixas, a carregá-las no Spotify e a receber dinheiro por cada reprodução. Ao todo, já foram geradas mais de 14 milhões de músicas na plataforma.
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