Se a possibilidade de oferecer internet nos locais mais recônditos do globo é a principal missão da constelação de satélites Starlink, outra premissa é prestar serviço em meios de transporte de longo percurso, como aviões, comboios ou navios. Até aqui, a SpaceX tinha alguma autorização da FCC para projetos específicos, como a frota de aviões a jato da empresa semiprivada JSX, que viu 100 dos seus aparelhos equipados com terminais Starlink para oferecer conetividade a bordo durante os voos.
Mas agora, o regulador federal de comunicações dos Estados Unidos, a FCC, deu autorização à SpaceX para usar os satélites Starlink em qualquer veículo em movimento. Isso significa que tanto um automóvel Tesla pode oferecer acesso à internet por satélite, como os utilizadores podem manter-se online numa viagem de avião, num comboio, navio ou qualquer outro meio de transporte. Isso vai permitir à SpaceX desenvolver novas parcerias de negócio para a oferta de internet a clientes em viagem.
Até aqui, para aceder ao Starlink, os clientes tinham de comprar uma antena ou terminal que tinham sido desenhados para serem fixos, de forma a comunicarem com os satélites. Espera-se agora que a SpaceX lance uma nova classe de terminais para utilizadores que seja mais portátil.
A SpaceX não foi a única a receber a autorização da FCC. A Kepler Communications, outra empresa de comunicações por satélite, também está autorizada a usar os seus sistemas em veículos em movimento.
Apesar das autorizações, segundo o The Verge, a FCC continua a conduzir análises ao uso dos satélites na banda de 12 GHz e que as empresas estarão sujeitas a quaisquer novas regras futuras que venham a ser introduzidas. Isto porque houve petições de outras empresas contra o uso dessa frequência, como a Dish Network, que para já foi “ignorada” pelo regulador, mantendo-se em análise.
A autorização da FCC, datada do dia 30 de junho, é argumentada como sendo de interesse público beneficiar da tecnologia de comunicações por satélite. A possibilidade de manter a conetividade em voos ou navegação transatlântica é uma das vantagens desta autorização.
A tecnologia de internet por satélite continua a crescer e a ser mais viável. Recentemente a equipas de engenheiros do Japão e Europa colaboraram para testar diferentes cenários de negócio que obrigam a manter ligações online 5G através do espaço. Primeiro foi testado se era possível transmitir vídeo de qualidade 4K através de satélite, simulando um cenário semelhante à disponibilidade de serviços de streaming a bordo de uma viagem de avião.
O desafio era resolver os problemas de latência devido à longa distância entre o Japão e a Europa. Os engenheiros descobriram que mesmo sob a influência desses atrasos, foi possível transmitir o vídeo de alta definição a partir do Japão para o um centro de dados na Europa, sem problemas, via satélite.
Por outro lado, a Sony também quer entrar no negócio da conetividade espacial e vai construir dispositivos óticos que permitem a comunicação entre pequenos satélites em órbita. A Sony espera que este sistema garanta comunicações em tempo real de qualquer ponto da Terra para qualquer satélite no espaço.
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