É um dos jogos mais jogados da atualidade e conta, por isso, com uma comunidade de fãs que dá a volta ao mundo. A base é um dos motivos para a popularidade de Fortnite, mas é também um atrativo para alguns grupos radicais de extrema-direita que estão a utilizar o jogo para recrutar novos membros. De acordo com Christian Picciolini, ex-membro de um grupo racista e neo-nazi norte-americano, estas organizações têm muitas pessoas ativas no jogo da Epic Games.
"Procuramos os jovens marginalizados e prometemos-lhes o paraíso. Hoje são utilizadas táticas deploráveis para recrutar pessoas. Visitam-se fóruns dedicados à depressão e à saúde mental e jogos multiplayer para aliciar novos membros", explicou Picciolini numa sessão de perguntas e respostas que decorreu no Reddit.
Questionado por outros utilizadores acerca da ação destes grupos nas comunidades online de videojogos, Picciolini explicou que não é apenas o Fortnite que está a ser utilizado para este intuito, mas também "Minecraft, Call of Duty" e outros jogos populares. Outros utilizadores referiram ainda que já foram abordados por recrutadores em Elder Scrolls Online.
Um dos relatos partilhados por um dos participantes desta conversa explica que em alguns casos, os recrutadores começam por proferir "ofensas racistas" contra raças fictícias, existentes apenas no jogo em questão. "Depois disso, alguém faz questão de começar a escalar o nível das ofensas até que o recrutador faz a transição para o mundo real, começando depois a procurar a validação e consenso com o grupo de utilizadores que se encontra por perto.
A Europa de Leste é a região onde esta tática está a ser utilizada com mais frequência, sendo que os jogadores russos e polacos são os que se encontram sob maior risco de serem abordados.
Pode ler estas e outras respostas no AMA em que participou Christian Picciolini através deste link.
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