Em declarações a uma rádio polaca citadas pela agência Efe, Cieszynski assegurou que, entre outras instituições públicas, foi atacado o sistema informático da Câmara de Compensação polaca, que processa os créditos bancários e transferências entre bancos e a administração pública.
Também foram atacados servidores de email relacionados com o Governo e com gabinetes da administração pública, bem como portais de notícias, tendo várias páginas sido objeto de ataques semelhantes.
De acordo com a Efe, a página da agência de notícias polaca PAP e várias páginas pertencentes a meios de informação polacos deixaram de estar disponíveis de maneira intermitente, e muitos deles desativaram comentários de notícias relacionadas com a Rússia.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, decretou na quinta-feira aumentar o nível de alerta informático na Polónia para o segundo mais alto dos quatro possíveis. É a primeira vez que se estabelece tal nível de alerta, que assume que se efetuarão ataques contra instituições e sistemas críticos para o país.
Por outro lado, a entidade polaca que regula a comunicação social decidiu hoje impedir a difusão, em território polaco, das televisões Russia Today (RT), Soyuz TV, Rossija 24 e dos demais meios de língua russa.
Na quinta-feira, a Orange Polska, o maior operador de telecomunicações do país, anunciou a decisão de baixar o custo das chamadas para a Ucrânia em 80%. Mais de um milhão e meio de cidadãos ucranianos vive na Polónia, que tem, no total, cerca de 38 milhões de pessoas.
Recorde-se que, ainda antes da Rússia ter lançado na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, os serviços de várias instituições ucranianas foram afetados por um novo ataque informático.
Ainda nesta semana, a empresa de cibersegurança ESET identificou um novo malware, chamado HermeticWipe, que apaga dados e que terá comprometido centenas de computadores em redes de organizações na Ucrânia.
Ontem, depois dos ataques informáticos de que a Ucrânia tem sido alvo desde janeiro, e que já foram ligados a iniciativas russas, foi é a vez da Rússia provar o mesmo "remédio". A Netblocks confirmou que vários sites governamentais russos ficaram offline. Fontes norte americanas avançaram também que os Estados Unidos podem estar a considerar usar armas de ciberguerra.
O grupo hacker Anonymous também declarou guerra cibernética contra a Rússia. Cerca de uma hora depois do primeiro aviso, os Anonymous voltaram a usar as redes sociais para reivindicar a responsabilidade de um ataque informático à rede de televisão estatal russa, a RT News.
O bloqueio do acesso à tecnologia e mercados faz parte das sanções impostas pela União Europeia à Rússia na sequência da escalada do conflito, e ontem também Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, deixou bem claro que este movimento está a ser levado muito a sério.
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