Há um novo browser desenhado a pensar na proteção dos dados pessoais de quem o utiliza, segundo garantem os promotores do Mullvad. O navegador está disponível para Windows, MacOS e Linux e foi criado pelos promotores do Projeto Tor e pela Mullvad VPN, duas entidades focadas na privacidade da navegação online.
O Projeto Tor já disponibilizava um browser e este também foi desenvolvido pelos seus engenheiros. Uma das grandes diferenças, face ao que já existia, está no facto do Mullvad estar suportado numa VPN e não na rede Tor, como explica uma nota de imprensa. Pode, ainda assim, ser usado sem a VPN, embora não seja recomendado.
"Queremos libertar a Internet da vigilância em massa e uma VPN por si só não é suficiente para alcançar a privacidade”, defende Jan Jonsson, CEO da Mullvad VPN. “Na nossa perspetiva tem havido uma lacuna no mercado para aqueles que querem um navegador focado na privacidade, tão bom como o do Projeto Tor, mas com uma VPN em vez da Rede Tor", acrescenta o responsável, para explicar a proposta de valor do Mullvad.
O Mullvad foi desenhado para reduzir ao mínimo o registo de dados de navegação, porque os utilizadores são agrupados como se fossem um só. Quanto mais utilizadores se juntarem, mais fácil será manter o anonimato, à semelhança do que já acontece com o browser Tor.
Jan Jonsson defende abertamente que “a vigilância em massa que hoje acontece na internet é absurda, tanto por parte de empresas comerciais, como as big tech, como por parte de governos”.A Mullvad VPN, que existe desde 2009, nasceu com o objetivo de tornar a censura e vigilância na internet impraticável, como diz a empresa. Esta nova parceria é mais um passo nesse sentido.
"Desenvolver este navegador com a Mullvad é fornecer às pessoas mais opções de privacidade para a navegação diária e desafiar o atual modelo empresarial de exploração dos dados comportamentais das pessoas", defende também Isabela Fernandes, diretora executiva do Projeto Tor.
Para além do Tor e agora do Mullvad, existem no mercado outros browsers desenhados para proteger a privacidade de dados pessoais, como o DuckDuckGo, que também tem serviços de correio eletrónico, ou o Brave.
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