O governo iraniano decidiu bloquear quase totalmente o acesso à Internet no país perante os protestos contra o aumento em 50% do preço dos combustíveis. De acordo com a NetBlock, uma organização não-governamental de cibersegurança, a medida colocada em vigor a partir de 15 de novembro aplica-se não só a redes fixas, uma vez que as três principais operadoras móveis no Irão, a MCI, a Rightel e a Irancell, foram desligadas durante o fim-de-semana.
Para já, a organização indica que 40 horas depois de a medida ter sido colocada em vigor o nível de conectividade mantém-se nos 5%. Para além das autoridades governamentais e de alguns meios de comunicação oficiais, a vasta maioria do público não tem forma de dar a conhecer ao mundo o que se está a passar no país através da Internet. Embora o acesso a chamadas internacionais não tenha sido bloqueado, este está a ser fortemente monitorizado por entidades estatais.
A economia do Irão está a enfrentar uma acentuada crise, motivada pela aplicação de sanções económicas por parte dos Estados Unidos. Com o valor da sua moeda, o rial iraniano, a diminuir ao mesmo tempo que a inflação sobe, o governo decidiu não só aumentar em 50% o preço dos combustíveis, mas também colocar em prática medidas de racionamento.
De acordo com um dos mais recentes relatórios da Freedom House, o Irão é um dos 21 países onde o acesso online está fortemente condicionado por decisões governamentais. O bloqueio agora aplicado não é inédito, uma vez que vários regimes repressivos à volta do mundo têm vindo a tomar medidas semelhantes.
Em setembro deste ano, tanto a Índia quanto o Paquistão cortaram o acesso à Internet no território de Caxemira, tal como noticiou o The New York Times. Já na Rússia, foi aprovada este ano uma lei que pretende “desconectar” o país da World Wide Web, mas também desativar redes móveis em Moscovo durante uma série de manifestações que decorreram em agosto, avançou a Forbes.
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